O Flamengo assumiu “todas as suas responsabilidades” diante da tragédia que resultou na morte de dez garotos no CT do clube e se comprometeu a indenizar “o mais rápido possível” os familiares das vítimas. O acordo será costurado junto à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o que não significa que dirigentes do clube não possam ser responsabilizados criminalmente pelo incêndio. Nesta terça-feira, o Ninho do Urubu passará por vistoria e poderá ser interditado.

A definição foi feita em reunião realizada na tarde desta segunda-feira na sede do Ministério Público do Estado. “Falamos da nossa vontade de indenizar essas famílias o mais rápido possível”, disse o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, em pronunciamento logo após a reunião. Mais uma vez, ele se negou a responder perguntas dos repórteres.

O defensor público Geral do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Pacheco, explicou que a indenização não será apenas financeira. “Haverá também acompanhamento psicológico, social e de saúde”, explicou. “O Clube de Regatas do Flamengo se comprometeu a compor uma câmara de conciliação, junto com a Defensoria Pública, o MPE-RJ e o do Trabalho a fim de que não só os atletas sobreviventes, mas os familiares principalmente tenham uma justa e rápida indenização.”

No encontro, o Flamengo assumiu sua responsabilidade sobre o incêndio. A afirmação é de Eduardo Gussem, procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado: “A presidência do Flamengo assumiu todas as suas responsabilidades em relação ao evento (incêndio do CT), se comprometeu a dar todo tipo de acolhimento às famílias e entregou à Defensoria Pública a condução dessa negociação com as famílias para um reparo imediato”.

Na terça-feira, peritos do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Prefeitura do Rio, governo do Estado e dos Ministérios Públicos do Estado e do Trabalho visitarão o Ninho do Urubu. “Vamos realizar a partir de amanhã [terça] perícias amplas no Centro de Treinamento do Flamengo, com todas as estruturas governamentais, a fim de que possamos analisar em que condições se encontra o CT, e se há necessidade de uma interrupção plena ou parcial das atividades”, explicou Gussem.

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