A cidade do Rio de Janeiro foi palco do fitness show realizado no Centro de Convenções Sul América, no último final de semana. A Expo Super Show, considerado um dos maiores eventos de bodybuilding amador e profissional do Brasil, é uma espécie de cartão de embarque dos atletas para à categoria profissional. Além das competições, a feira oferece dicas, novidades e os melhores produtos de suplementação, equipamentos, alimentação saudável e também artigos de moda e acessórios fitness.

Tricampeã mundial e sete vezes vencedora do Arnold Classic, além de colecionar dezenas de outros títulos na bagagem, Ângela Borges, atleta profissional da categoria Wellness, revela que o fisiculturismo foi um divisor de águas em sua vida e que a ajudou a superar o bullying que sofria desde criança na escola e na família por ser muito magra.

“Nessa época lidei com apelidos pejorativos, que me deixavam muito mal. Era introspectiva e tinha vergonha do meu corpo. Mas um dia, decidi agir. Aí, com 17 anos, entrei na academia, local onde também conheci meu esposo, que sempre me incentivou, e me apaixonei pela musculação e por atividade física, tendo a minha vida transformada pela modalidade”, conta a atleta.

O conceito de bodybuilding busca uma nova forma física, construída por meio de treinamentos e suplementação alimentar para conseguir corpos mais simétricos e definidos. Trata-se também de um estilo de vida e a escolha da prática do esporte traz no pacote responsabilidade e disciplina. Para alcançar resultados, o praticante precisa de muito foco e uma rotina de treinos. O trabalho é realizado em conjunto com profissionais não só da área de educação física, mas também da nutrição e médica, formando assim uma equipe multidisciplinar que realizará um trabalho personalizado, de acordo com a necessidade de cada pessoa que vier a se tornar atleta seja amador ou profissional.

Graduada em educação física e com especialização em treino para mulheres, Ângela competiu pela primeira vez em 2013. Segundo ela, naquele momento ela nem sabia direito o que era a categoria Wellness, pois a mesma ainda não era muito conhecida aqui no país. Porém, com muito incentivo dos amigos e do pessoal da academia, com um corpo que se encaixava nessa categoria, passou a treinar mais, fazer dieta e com muito esforço investiu em um acompanhamento com nutricionista.

“Eu realmente me apaixonei pelo esporte de um jeito que eu nunca mais parei de competir, de treinar… Nesse tempo todo, não lembro de ter parado em nenhum momento. Isso faz parte do meu estilo de vida. E com isso me tornei uma atleta profissional, vivo do esporte, ou seja, ganho dinheiro com isso, é o meu trabalho. E realmente me sinto privilegiada, porque amo o que faço, declara Ângela, a brasileira multicampeã.

Diogo Montenegro, hoje atleta profissional e treinador de fisiculturismo, é outro participante da Expo Super Show, que também viu o bodybuilding modificar a sua vida ao conhecer o esporte quando entrou para faculdade de Educação Física. “Estou muito feliz em ter feito a escolha certa e quero realmente me estabelecer como um dos melhores atletas do mundo”, conta.

Neste ano de 2021, logo no início da temporada, Diogo passou por um susto. Teve Covid-19 e precisou abandonar uma competição. Naquele momento mais uma vez percebeu como o esporte e a qualidade de vida e cuidados com a alimentação e saúde fizeram diferença. “Senti dores no corpo, febre, e até um pouco de falta de ar, e por isso fiquei fora de uma competição na Califórnia. Mas, me recuperei rápido em relação ao que a doença costuma deixar de rastro e dois meses depois fui campeão em um campeonato nas Bahamas e conquistei o 3º lugar no Mr. Olympia, melhor posição que um brasileiro já teve na minha categoria, conta o atleta.

Futuro do fisiculturismo no Brasil

“Acredito que o fisiculturismo e as academias aqui no Brasil vão ultrapassar o nível de atendimento que existe nos Estados Unidos. Nosso país já tem mais academias que os EUA. E com isso faz sentido acreditar e investir no nosso povo. Tenho a certeza absoluta do potencial dos atletas brasileiros e da resposta dos fãs para o esporte aqui no Brasil”, explica Tamer.

Ele relata ainda que o principal para que uma pessoa se torne profissional é a organização, aliada à determinação e o constante feedback de treinamento. Além da habilidade de se criticar. “Os atletas amadores que não conseguem se tornar profissionais não têm a habilidade de criticar a eles mesmos. Algo importante e que precisa ser melhor trabalhado pelos brasileiros. Mas, sei que com mais um pouco de entendimento do esporte, mais comunicação, a minha previsão é que o Brasil se torne a maior potência mundial de fisiculturismo do mundo. Se hoje os atletas saem do Brasil com sonho de competir nos EUA e na Europa, um dia o mundo sonhará em competir no Brasil, completa o entusiasmado empresário.

Na Expo Super Show, as competições de Bodybuilding reunem atletas de diversas categorias. Nas profissionais: Bikini Pro, 212 Pro, Men´s Physique, Wellness e Classic Physique – Pro. Já as amadoras formam-se com o Bodybuilding, Bikini, Men´s Physique, Wellness, Classic Physique, Figure e Womans Physique. A Expo Super Show é uma realização da Savaget & Excalibur Promoções e Eventos e Musclecontest. O evento conta com o patrocínio de Black Skull, Darkness, FTW, Integralmédica e Max Titanium. E apoio institucional de Acad Brasil e CREF1.