O potencial retorno de interferência política “mais forte” na estratégia da Petrobras, que levou ao pedido de demissão de seu presidente, Pedro Parente, é negativo para o crédito da companhia, pois poderia tirar dos trilhos suas metas de desalavancagem e resultar em ajustes para baixo de sua qualidade de crédito subjacente, afirma a agência de classificação de risco Fitch.

Atualmente, a agência enxerga o perfil de crédito da estatal como proporcional a um rating BB- sob a presunção de que a estrutura de capital da empresa permaneceria em linha com os níveis de dívida total em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebita, na sigla em inglês) informados recentemente, de “em torno de 4x”.

“Apesar do provável aumento de interferência do governo nos negócios da companhia, espera-se que os ratings BB-, com perspectiva estável, em moeda estrangeira e local da Petrobras permaneçam ligados àqueles da (nota de crédito) soberana (do Brasil), que também é avaliada em BB-, com perspectiva estável, devido à alta importância sociopolítica e financeira da empresa para o país”, escreve a Fitch em comunicado.


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