A agência de classificação de risco Fitch Ratings reduziu nesta terça-feira, 9, a projeção de crescimento do Brasil em 2017 de 0,7% para 0,5%. Ao mesmo tempo, elevou a estimativa de 2018 de 2,1% para 2,5%. A avaliação é que o Brasil tem feito progresso na estabilização da atividade depois da forte recessão, mas a retomada deve ser lenta.

O diretor da Fitch para o Brasil, Rafael Guedes, afirmou que o País dificilmente deve voltar no curto prazo a ter o nível de expansão que tinha no passado, quando a nota soberana brasileira estava em elevação, na casa dos 3,7% ao ano. “O patamar de crescimento é claramente menor agora, com baixo investimento, problemas na educação”, disse a jornalistas, destacando que a expansão potencial da economia brasileira se reduziu.

O patamar de expansão esperado para o Brasil está abaixo de países similares e não é compatível com uma recuperação rápida da classificação grau de investimento, ressaltou o diretor da Fitch. O Brasil perdeu o selo de bom pagador em dezembro de 2015 pela Fitch.

Na apresentação que fez durante o evento, o executivo ressaltou que dos 23 países que foram rebaixados para o grau especulativo nos últimos anos, apenas 11 obtiveram a classificação grau de investimento de volta. Na média, a recuperação demorou seis anos.

Alguns países, como Malásia e Islândia, demoraram menos, na casa de um a dois anos, outros, como o Uruguai, levaram mais de dez anos. Já outros países, como Grécia, Chipre e Croácia ainda não conseguiram recuperar a nota.

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