A redução na oferta de vagas do Fies desde 2015 forçou as empresas do setor de educação a encontrarem formas próprias de financiamento, o que reduziu a inadimplência dos grandes grupos educacionais, mas trouxe uma “camada de risco substancial”, na visão do analista sênior da Fitch Ratings, Renato Mota.

“Isso criou uma pressão em sua geração de caixa e liquidez, é um movimento que no médio prazo temos que prestar muita atenção no provisionamento dessas empresas”, comenta. “São programas relativamente novos, as empresas ainda estão ajustando, mas é algo para ficar de olho.”

Para a analista sênior Tatiana Thomaz, a Cogna é a mais exposta ao financiamento próprio, com cerca de 15% da sua base de alunos inserida no programa, um dos principais fatores na revisão na perspectiva da sua nota de crédito para negativa. “Ser e Ânima também têm programas próprios, mas pouco significativos ainda, abaixo de 5% dos alunos utilizam”, fala, destacando que elas ainda se utilizam de empresas terceirizadas, como a PraValer.