A relação entre os preços do etanol e os da gasolina na capital paulista avançou entre janeiro e fevereiro, de 71,53% para 72,34%, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Contudo, essa marca é inferior a de 76,57% e de 76,20% apuradas no segundo mês de 2017 e de 2016, respectivamente.

Segundo Moacir Mokem Yabiku, gerente técnico de pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o aumento no nível da relação entre os combustíveis reflete a desaceleração nos preços da gasolina. “A variação da gasolina diminuiu mais em relação ao etanol”, afirma.

No IPC-Fipe, que mede a taxa de inflação na cidade de São Paulo, a gasolina reduziu a intensidade de alta para 0,01% na leitura de fevereiro após aumento de 2,19% no primeiro mês do ano. Já o etanol teve elevação de 1,43% depois de subir 2,86% no primeiro mês do ano. O grupo Transportes, por sua vez, desacelerou a 0,45% (ante 1,63%), enquanto o IPC teve queda de 0,42% depois da elevação de 0,46% em janeiro.

Em pesquisas recentes, a Fipe já está constatando queda nos preços da gasolina no varejo e nova desaceleração na velocidade de alta na taxa de etanol. “Se isso se mantiver, a relação entre os combustíveis tende a subir mais.”

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.