Após a divulgação do resultado da primeira quadrissemana de março, o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, diminuiu nesta segunda-feira, 11, a projeção do indicador para o final de março, de alta de 0,29% para 0,27%. “Todos os grupos perdem força, como Transportes, Habitação e Despesas Pessoais. A tendência é que essas variações percam força até o final do ano”, explica.

Moreira destaca que o grupo Alimentação, embora em trajetória de desaceleração, ainda deve exercer pressão de alta sobre o índice no mês, sob influência dos alimentos in natura.

Para esta semana, afirma, está prevista uma onda de calor, que pode gerar alguma surpresa nas próximas divulgações.

Em relação ao grupo Transportes, a tendência é de desaceleração ao longo do mês, afirma o coordenador. Na ponta, a variação no preço da gasolina caiu de 2,90% para 1,06% entre o encerramento de fevereiro e a primeira quadrissemana de março, e a do etanol caiu de 5,07% para 1,98%, calcula. “Começamos a ver uma acomodação, após os efeitos da alíquota do ICMS sobre os combustíveis.”

O IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,45% na primeira quadrissemana de março, desacelerando marginalmente em relação ao avanço de 0,46% de fevereiro.