A premiação mais importante da música, o Grammy, consagrou em sua última edição uma cantora de 18 anos que conquistou o mundo e levou cinco estatuetas: Billie Eilish. Ela foi a primeira mulher a ganhar Melhor Álbum, Artista Revelação, Melhor Canção, Melhor Gravação e Melhor Álbum de Vocal Pop. O que pouca gente sabe é que, por trás dessa vitória estava um produtor e compositor que ela conhece desde que nasceu: seu irmão, Finneas O’Connell. Ele está longe, porém, de ser apenas o parceiro da irmã. O americano também tem uma carreira de sucesso como cantor e seu EP, “Blood Harmony”, foi um dos maiores sucessos de 2019.

Em entrevista a ISTOÉ, Finneas revelou influências surpreendentes para um jovem de 23 anos: é fanático por Frank Sinatra, Julie London, Rosemary Clooney e Nat King Cole, artistas que tiveram o auge de suas carreiras nos anos 1950 e 1960. A decisão de seguir o caminho artístico veio, no entanto, com uma banda de rock: “Vi um show do Green Day aos onze anos e percebi que era aquilo que eu queria”. Filho da atriz Maggie Baird e do ator Patrick O’Connell, ambos também músicos, Finneas não esconde que busca inspiração na vida real para escrever as letras: “Minhas experiências são tudo o que tenho.” Quando compõe para outros artistas, confessa que o segredo é ser um bom ouvinte. “Só aceito colaborar quando consigo compreender o que o outro está sentindo”. Os fãs não têm nenhuma dúvida: ele conhece muito bem a irmã.

“Billie é minha melhor amiga”

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Finneas dividiu cinco prêmios Grammy com sua irmã mais nova, a sensação Billie Eilish (foto), de 18 anos. Produtor e compositor do álbum do ano, “Where do we go When we Fall Asleep?”, ele conta que os dois são grandes amigos e não escondem nada um do outro. “Temos uma boa relação profissional, mas também nos divertimos muito quando trabalhamos juntos”, afirma. “Mesmo se a parceria não existisse, passaríamos o dia inteiro batendo papo.” Ele e a irmã revelam gostos musicais bastante diversos. Além de clássicos dos anos 1950 e 1960, costumam ouvir as trilhas sonoras sombrias de Atticus Ross e Trent Reznor, do Nine Inch Nails, além do pop de Ben Folds e Sara Bareilles.