A Finlândia limitará os vistos de turismo para cidadãos russos a 10% do volume atual a partir de 1º de setembro, devido ao crescente descontentamento com o turismo russo pela guerra na Ucrânia, anunciou o governo finlandês nesta terça-feira (16).

“Os vistos turísticos não terminarão completamente, mas seu número será significativamente reduzido”, disse o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, à imprensa em Helsinque.

A redução do volume de vistos turísticos acontecerá com a restrição dos horários autorizados a solicitar os referidos documentos, especificou o ministro.

“Isso significa que será dada preferência e mais tempo a outros tipos de vistos, por exemplo, para visitar parentes, trabalhar, estudar”, acrescentou Haavisto.

Atualmente, a Finlândia processa cerca de 1.000 pedidos de visto da Rússia todos os dias, disse o ministro finlandês das Relações Exteriores ao canal público Yle.

O ministro afirmou que seu país é a favor de encerrar o acordo europeu de facilitação de vistos com a Rússia, o que aumentaria o preço dos vistos turísticos de 35 para 80 euros.

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Helsinque quer levar esta questão à próxima reunião de ministros das Relações Exteriores da UE, prevista para a República Tcheca em 30 de agosto.

A Finlândia é o único membro da UE vizinho da Rússia que não aplica restrições aos vistos turísticos para os cidadãos russos.

O número de turistas russos na Finlândia aumentou desde que Moscou retirou, em 15 de julho, as restrições de viagem relacionadas à pandemia, o que aumentou o descontentamento no país.

“Não é normal que os cidadãos russos possam entrar na Europa, no espaço Schengen e ser turistas (…) quando a Rússia está matando pessoas na Ucrânia”, declarou na segunda-feira a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin.


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