BELÉM, 19 NOV (ANSA) – O ministro do Meio Ambiente da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, afirmou nesta quarta-feira (19) que as discussões atuais na COP30, em Belém, no Pará, têm se concentrado principalmente nos financiamentos.
O político italiano fez a declaração durante um evento no pavilhão do país europeu na capital paraense, que sedia a importante conferência climática.
“A discussão atual gira em torno do financiamento, o que muitas vezes obscurece as ações concretas que precisam ser tomadas. A questão é: como agir globalmente em relação à mitigação e à adaptação? Quais projetos contribuem para alcançar a adaptação?”, avaliou Pichetto.
O ministro também destacou os trabalhos do Centro de Aceleração de Adaptação do G7, uma iniciativa que busca intensificar e coordenar esforços de adaptação às mudanças climáticas, especialmente em apoio aos países mais vulneráveis.
“A adaptação não pode permanecer uma necessidade técnica, mas deve se tornar um investimento estratégico capaz de proteger as comunidades. O centro traduz a ambição política do G7 em ações concretas, apoiando os países mais expostos na transição do planejamento para o investimento”, destacou.
Pichetto afirmou ainda que o projeto, elaborado em 2024, apresentou um progresso “significativo” ao longo de seu primeiro ano de atividade. Ele acrescentou que o grupo está formalizando colaborações no Senegal, nas Ilhas Maurício, no Camboja e nas Maldivas.
“Essas colaborações visam fornecer respostas concretas a desafios reais, como erosão costeira, segurança hídrica, gestão de riscos climáticos e infraestrutura resiliente. Os investimentos funcionam quando estão enraizados em prioridades nacionais, apoiados por instituições fortes e sustentados por capacidades técnicas e sistemas de monitoramento confiáveis”, afirmou o ministro. (ANSA).