A adiada final da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate será disputada em 9 de dezembro no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, afirmou à AFP uma fonte próxima à organização do jogo.

A partida de volta entre os arquirrivais argentinos foi suspensa duas vezes no último fim de semana devido a graves incidentes violentos nos arredores do estádio Monumental do River, em Buenos Aires.

A Conmebol deverá oficializar nesta quinta-feira a data e a sede da partida, à espera da decisão da comissão disciplinar da entidade sobre uma petição apresentada pelo Boca para que o clube tenha decretada a vitória e o título devido aos incidentes.

A partida foi suspensa no fim de semana por duas vezes devido a ataques com pedras de torcedores do River Plate contra o ônibus que levava os jogadores do Boca Juniors ao Monumental para disputar a partida de volta. O incidente deixou vários jogadores feridos, inclusive o capitão da equipe, Pablo Pérez, que sofreu uma lesão no olho.

Na partida de ida, em 11 de novembro na Bombonera, Boca e River empataram em 2 a 2.

O Boca se apresentará para jogar em Madri para evitar sanções, mas adiantou que recorrerá ao Tribunal Arbitral do Esporte para fazer valer seus argumentos caso sejam rejeitados no âmbito da Conmebol.

Amparado no artigo 18 do Regulamento de Disciplina da Conmebol, o Boca apresentou na véspera novos elementos dos incidentes para apoiar sua petição de que o River seja desclassificado.

“Não aceitaremos qualquer partida até que o Tribunal se manifeste”, havia declarado na terça-feira o presidente do Boca, Daniel Angelici, que nesta quinta admitiu jogar em Madri.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi claro sobre a realização da final: “A partida ocorre fora da Argentina”.

O artigo 18 prevê a desclassificação da equipe em caso de agressão, como ocorreu com o Boca nas oitavas de final da Libertadores em 2015 contra o River, quando os jogadores do time visitante foram atacados com gás de pimenta no intervalo da partida no estádio La Bombonera.