Entra em cartaz nesta quinta-feira (29) o filme “Nada a perder”, inspirado na trilogia biográfica do bispo Edir Macedo, que possivelmente será um dos maiores filmes de 2018 e, talvez, da História do cinema nacional. Com 4 milhões de ingressos vendidos na pré-venda, já é líder entre as bilheterias nacionais deste ano.
O recordista de vendas antes da estreia, até então, era “Os dez mandamentos” (2,3 milhões), de 2016 — que se tornaria a maior bilheteria nacional da História. Contudo, na época, a própria Igreja Universal comprou e distribuiu ingressos entre seus fiéis, que não necessariamente foram ao cinema. Várias sessões acabaram ficando vazias.
Ainda não é possível saber ocorrerá o mesmo com “Nada a perder”. Segundo o jornal O Globo, apenas a Kinoplex confirmou ter vendido pacotes de ingressos para pastores e grupos a partir de cem pessoas, nos quais todos pagam meia entrada. A UCI disse vender ingressos em grupo, “como faz com qualquer filme”. A Cinemark não se pronunciou. A Igreja Universal, por sua vez, admitiu estimular seus fiéis a ver o filme, mas negou comprar ingressos dessa vez.
O orçamento para “Nada a perder” e sua sequência, que também já foi filmada, passa dos R$ 40 milhões. Assim, os longas entram para a lista das mais caras produções já realizadas no Brasil. Os filmes não teriam usado leis de incentivo, mas investidores privados.
Após três meses em cartaz, “Nada a perder” estará disponível na Netflix. Além disso, já tem distribuição internacional garantida: a partir de 26 de abril, entra em cartaz em 700 salas em toda a América Latina, além da África do Sul, Angola e Moçambique, onde a Universal tem presença. No Brasil, haverá sessões itinerantes em presídios, hospitais e escolas.