Foi tocando o hit “Estúpido Cupido” ao piano e cantando com sua voz afinada que a atriz, cantora e dubladora carioca Marianna Alexandre (21) conquistou o protagonismo de “Um Broto Legal”, cinebiografia nacional dirigida por Luiz Alberto Pereira, responsável também pelo roteiro junto de Dimas de Oliveira Jr., e que chega aos cinemas dia 16 de junho, com distribuição da Pandora, para contar a história da cantora Celly Campello (1942 – 2003), considerada a primeira popstar do rock nacional.

Com estreia adiada em função da pandemia, o filme que vai celebrar o octogenário da cantora teve todo seu processo, entre testes, preparação de atores e gravações, realizado em 2019. O elenco foi convidado a mergulhar na época retratada através de muita pesquisa e palestra, incluindo a consultoria especial de Tony Campello, irmão mais velho de Celly, e precisou conter a ansiedade até que o longa pudesse chegar às telas.

Escolhida para dar vida à dona de hits como “Banho de Lua” e “Túnel do Amor”, e assumindo sua primeira protagonista nas telas, Marianna, que apesar da pouca idade já era familiarizada com o repertório da cantora por influência dos pais, chegou a compor uma música especialmente para o filme – executada brevemente em uma cena – e não hesitou à proposta de aderir ao corte de cabelo pixie, característico do período, para uma maior conexão cênica.

“Desde pequena meus pais colocavam músicas da Jovem Guarda para eu e minha irmã escutarmos. Crescemos ouvindo ‘Estúpido Cupido’ na sala de casa, sempre sorrindo e dançando por horas, sem parar. Posso dizer que, com certeza, foi uma responsabilidade imensa interpretar Celly, uma artista excepcional, uma cantora que é tão importante e querida pelo Brasil. Poder protagonizar essa história, em todas as fases do longa-metragem, foi uma experiência enriquecedora, tanto como atriz, quanto como fã”, diz.

Com um roteiro que explora desde a infância da estrela, as relações com a família e com a cidade de Taubaté, onde nasceu, passando pela sua ascensão meteórica no rock nacional, até a decisão de encerrar a carreira para se casar, no auge dos anos 60, Marianna, acostumada a viver personagens de época em outros trabalhos, como na novela “Gênesis” e nos musicais “Se Meu Apartamento Falasse” e a segunda montagem de “A Noviça Rebelde”, abraçou prontamente os novos desafios.

“Acredito que minha maior dificuldade foi encontrar a melhor maneira de representar os trejeitos da Celly. Como interpretei a precursora do rock nacional, tive que fazer uma grande pesquisa, desde o seu modo de falar até como ela se portava nos shows. Ela é de Taubaté, interior de São Paulo, e eu sou do Rio de Janeiro, ou seja, temos uma enorme diferença de sotaque e acho que isso foi o mais desafiador para mim; tive que treinar muito, mas fiquei feliz com o resultado. E mesmo ela não estando mais aqui, gosto de pensar que esteve olhando por nós durante todo o processo, como uma energia linda, e espero que ela esteja muito orgulhosa do nosso filme, que estou louca para assistir!”, finaliza.