Filippe Poubel: Respeito e solidariedade

Rio – As áreas cercadas pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro vivem há anos uma rotina de guerra civil com os agentes de segurança pública alvos permanentes dessa batalha. Criminosos que destroem famílias ao matar representantes da lei, muitas vezes assassinados não somente no front, mas fora dele também, seja por retaliação ou vingança de marginais. São policiais civis ou militares, agentes penitenciários, agentes da defesa civil e bombeiros que chefiam centenas de famílias e, por isso, não podem ser esquecidos nesse cenário de violência extrema.

Entre os anos de 2017 e 2018, houve uma explosão no número de assassinatos de agentes de segurança no Estado do Rio de Janeiro. Em 2017, foram 163 agentes mortos. No ano seguinte, esse número caiu para 92, o que não minimiza a problemática que envolve a morte ou incapacitação desses profissionais no exercício da profissão. Nossos soldados atingiram um estado de vulnerabilidade máxima. Além do estresse emocional causado pela atividade, enfrentam jornadas de trabalho extraordinárias, periculosidade nos seus deslocamentos, assim como a falta de tempo para estar com a família e amigos.

Situações diversas que estão levando a categoria a um adoecimento silencioso. Essa é uma realidade, mas que vem sendo amenizada através da política de segurança implementada por Wilson Witzel. Pela primeira vez em anos temos um governador realmente compromissado em melhorar as condições de trabalho dos policiais e combater com rigor os narcotraficantes. O resultado da nova ordem começa a ser observado na redução de mortes de agentes de segurança pública e de diferentes índices de criminalidade.

E na condição de representante das categorias de segurança pública e cidadãos de bem na Alerj, não fujo da responsabilidade de auxiliar nosso governador Witzel através da proposição de medidas para diminuir as consequências da guerra ao crime. Por isso, apresentei o Projeto de Lei 1000/2019, cuja finalidade é proteger as famílias dos agentes de segurança pública fluminense, dando a eles a possibilidade de optar por realizar serviços administrativos caso seu cônjuge ou companheiro (a) venha a falecer por ação delituosa violenta e tenha filhos menores de 18 anos.

Considerando a vulnerabilidade desses agentes, e a possível falta de um familiar para prover os cuidados necessários de uma criança no seio familiar, a proposta cria uma saída viável para que esses profissionais continuem em atividade, não comprometendo seu orçamento e a responsabilidade pela formação de seus filhos.

Dar aos agentes de segurança pública tal alternativa nada mais é do que pensar em longo prazo, pois, além de diminuir seu comprometimento emocional diante de uma situação de crise, uma medida como essa garante economia aos cofres públicos do Estado, que gastam para minimizar os impactos provocados pelo afastamento de centenas desses profissionais diariamente.
Filippe Poubel é deputado estadual pelo PSL-RJ