O tufão Kalmaegi deixou pelo menos 140 mortos e 127 estão desaparecidos depois de provocar inundações devastadoras no centro das Filipinas, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (6, data local). A Defesa Civil do país confirmou 114 mortes reportadas, mas esse número não inclui outras 28 mortes registradas pelas autoridades provinciais de Cebu.
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As inundações consideradas sem precedentes afetaram esta semana povoados e cidades de Cebu, onde arrastaram veículos, barracos e até mesmo enormes contêineres de transporte. Após deixar o território filipino, Kalmaegi ganhou força enquanto segue rumo ao Vietnã, onde há o temor de que toque o solo na noite desta quinta. Em Liloan, um povoado perto da cidade de Cebu onde 35 corpos foram retirados das zonas inundadas, jornalistas da AFP viram carros empilhados um sobre o outro e telhados arrancados de edifícios, cujos moradores tentavam remover a lama.
Uma mulher com necessidades especiais foi uma das vítimas em Liloan, ao ficar presa em um quarto quando sua casa foi inundada. “Tentamos abrir [a porta de seu quarto] com uma faca e uma alavanca, mas ela não cedeu. Depois, a geladeira começou a boiar”, contou Christine Aton, irmã da vítima.
“Abri a janela e meu pai e eu saímos a nado. Choramos porque queríamos salvar minha irmã mais velha”, contou a mulher, de 29 anos. Na ilha vizinha de Negros, onde morreram pelo menos 30 pessoas, a chuva causada pelo tufão provocou um deslizamento de um vulcão que soterrou casas na cidade de Canlaon, disse à AFP o tenente policial Stephen Polinar. As tempestades têm-se tornado mais potentes devido à mudança climática, advertem os cientistas. Os oceanos mais quentes fazem com que os tufões se fortaleçam rapidamente, e uma atmosfera mais quente retém mais umidade e provoca chuvas mais intensas.