As Filipinas convocaram, nesta segunda-feira (7), o embaixador chinês em Manila para exigir explicações sobre uma ação “ilegal” e “perigosa” da frota chinesa em uma zona marítima em disputa, que Pequim qualificou de “profissional e comedida”.

“Nosso ministro das Relações Exteriores convocou o embaixador Huang (Xilian) hoje e entregou-lhe uma nota verbal com fotos e vídeos do que aconteceu e aguardamos sua resposta”, informou em coletiva de imprensa o presidente filipino, Ferdinand Marcos.

O governo filipino acusou no domingo a Guarda Costeira chinesa de fazer disparos de canhões de água contra seus navios no Mar da China Meridional.

O incidente aconteceu no sábado quando a Guarda Costeira filipina escoltava embarcações com suprimentos para os militares do país que estão mobilizados no banco de areia Ayungin, nas ilhas Spratly.

“Foi uma ação ilegal e perigosa”, afirmou a Guarda Costeira das Filipinas em um comunicado.

A China afirmou que adotou as “medidas necessárias” contra embarcações filipinas que entraram “ilegalmente” em águas territoriais que reivindica como suas. Nesta segunda, Pequim acrescentou que a “operação” foi “profissional e comedida”.

Um porta-voz do ministério de Relações Exteriores assegurou que a Guarda Costeira chinesa impediu “legalmente” a passagem das embarcações filipinas.

A China reivindica sua soberania sobre a maior parte deste mar da China Meridional, ignorando um mandado de 2016 do Tribunal Permanente de Arbitragem (TPA) de Haia, que considera sem fundamento esse reclame histórico. Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã também reivindicam áreas desse estratégico espaço marítimo do Pacífico, rico em recursos naturais e crucial para o comércio mundial.

cgm/amj/mca/lth/ybl/zm-evg/js/fp/dd/aa