Filhos afirmam que Bolsonaro está tendo crise de soluços e médicos são acionados

Bolsonaro foi preso no dia 22 por descumprimento de medida cautelar

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O ex-presidente Jair Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília Foto: AFP

Dois dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicaram nas redes sociais nesta quinta-feira, 27, que os médicos teriam sido acionados para irem à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília (DF), devido a uma crise de soluço “mais acentuada” do ex-chefe do Executivo.

Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), disse que o pai não consegue mais dormir durante a noite por causa das crises. “As providências para a melhora desse quadro estão sendo tomadas pela equipe médica”, pontuou.

Já o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) relatou que o ex-presidente teve uma crise acentuada de soluço.

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No dia 22 de novembro, Bolsonaro foi preso preventivamente em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da própria PF, que considerou o pedido como importante para a garantia da ordem pública.

O pedido da PF ocorreu após o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocar na noite de sexta-feira, 21, uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente. A PF avaliou que o ato representava risco para participantes e agentes policiais.

No dia seguinte, ele passou por audiência de custódia, na qual foi mantida a decisão da prisão. Durante a sessão, o ex-presidente afirmou que tentou violar a tornozeleira eletrônica por causa de um “surto” provocado por medicamentos e negou qualquer tentativa de fuga.

Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes por descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de uso das redes sociais, próprias ou de terceiros.

À época, o magistrado afirmou que o ex-presidente usou as redes sociais de aliados — incluindo de seus três filhos parlamentares — para divulgar mensagens aos apoiadores com  “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

No dia 24 de novembro, Bolsonaro passou a cumprir a pena de 27 anos e três meses imposta pela condenação por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.