Dois dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicaram nas redes sociais nesta quinta-feira, 27, que os médicos teriam sido acionados para irem à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília (DF), devido a uma crise de soluço “mais acentuada” do ex-chefe do Executivo.
Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), disse que o pai não consegue mais dormir durante a noite por causa das crises. “As providências para a melhora desse quadro estão sendo tomadas pela equipe médica”, pontuou.
Os médicos do meu pai acabaram de ser acionados nesta tarde de hoje, dia 27/11. A crise de soluço voltou mais acentuada, ainda mais forte, e ele já havia me relatado que não conseguiu dormir durante a noite. Os episódios de refluxo que ocorreram ontem continuam persistindo ao…
— Jair Renan Bolsonaro (@bolsonaro__jr) November 27, 2025
Já o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) relatou que o ex-presidente teve uma crise acentuada de soluço.
Acabo de receber a informação de que meu pai acaba de ter mais uma crise acentuada que já vinha se arrastando. Os médicos foram acionados nesta tarde (27) diante da persistência de soluços e refluxos que começaram durante a noite e continuaram ao longo do dia. Ele não vai…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) November 27, 2025
+ Por unanimidade, Primeira Turma do STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro
No dia 22 de novembro, Bolsonaro foi preso preventivamente em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da própria PF, que considerou o pedido como importante para a garantia da ordem pública.
O pedido da PF ocorreu após o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocar na noite de sexta-feira, 21, uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente. A PF avaliou que o ato representava risco para participantes e agentes policiais.
No dia seguinte, ele passou por audiência de custódia, na qual foi mantida a decisão da prisão. Durante a sessão, o ex-presidente afirmou que tentou violar a tornozeleira eletrônica por causa de um “surto” provocado por medicamentos e negou qualquer tentativa de fuga.
Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes por descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de uso das redes sociais, próprias ou de terceiros.
À época, o magistrado afirmou que o ex-presidente usou as redes sociais de aliados — incluindo de seus três filhos parlamentares — para divulgar mensagens aos apoiadores com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
No dia 24 de novembro, Bolsonaro passou a cumprir a pena de 27 anos e três meses imposta pela condenação por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.