Filho do prefeito de João Pessoa viaja para garantir saída de pai em bunker de Israel

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, está 'preso' em abrigo com comitiva brasileira, após escalada do conflito entre Irã e Israel

Mersinho Lucena (PP-PB)
Mersinho Lucena (PP-PB) Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados

O deputado federal Mersinho Lucena (PP-PB) e filho do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), embarcou na manhã deste sábado, 14, para a Arábia Saudita. Ele ficará em Medina. O objetivo é apoiar os esforços diplomáticos para o retorno de seu pai e da comitiva brasileira em Israel, que está em um bunker.

A ideia de Mersinho é buscar alternativas para saída de Cícero, de forma terrestre até a Jordânia.

Cícero está em Tel Aviv, local que tem sido alvo de bombardeios durante a escalada do conflito entre Irã e Israel. Há receio crescente de que o Irã possa recorrer a armamento de destruição em massa, como uma bomba nuclear.

Ao todo, 50 cidadãos brasileiros que compõem duas delegações de autoridades estaduais e municipais estão no local. Eles realizavam uma visita a convite do governo israelense para conhecer modelos de segurança pública. Além de 25 prefeitos, está o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil).

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Alternativas aos brasileiros em Israel

De acordo com o ministério das Relações Exteriores, com o espaço aéreo israelense fechado pelos próximos dias, as alternativas seriam os postos de fronteira com a Jordânia e com o Egito (Taba), que estariam abertos e funcionais.

No caso da Jordânia, os veículos de imprensa árabe informaram nas últimas horas que aquele país também decidiu fechar seu espaço aéreo. Então, um eventual deslocamento até a Jordânia não permitiria retorno imediato ao Brasil até a reabertura do espaço aéreo daquele país.

No caso do Egito, a travessia demandaria percorrer um longo trajeto pela península do Sinai. No entanto, ela oferece riscos de segurança. Um eventual deslocamento terrestre até o Egito exigiria coordenação prévia com o governo egípcio, inclusive em relação à permissão de ingresso dos cidadãos brasileiros no país.

Por enquanto, o Itamaraty aguarda “alguma mudança substantiva nas circunstâncias, como a reabertura do espaço aéreo e do aeroporto”.