Bruninho Samudio, filho do ex-goleiro Bruno com Eliza Samudio, é o novo goleiro das divisões de base do Botafogo. O jovem assinou contrato de formação com o clube e terá sua primeira experiência no futebol carioca.

Antes de chegar ao alvinegro, Bruninho atuava na base do Athletico Paranaense. Com 1,88m de altura, o goleiro se destacou recentemente na Copa Voltaço, competição sub-14 que acontece no Rio de Janeiro. O rubro-negro paranaense chegou até as quartas de final do campeonato e Bruninho foi eleito o melhor goleiro da competição.

No alvinegro carioca, o jovem irá reencontrar Léo Coelho, atual coordenador das divisões de base da equipe, que foi contratado em março de 2024 e saiu justamente do Athletico-PR.

Em seu site, o Botafogo anunciou a chegada de diversos reforços para várias categorias, entre eles Bruninho. Na publicação, o clube afirma que as contratações fazem parte do processo de reformulação da base. Além disso, o clube se pronunciou especificamente sobre a chegada do goleiro.

“O Botafogo acredita que Bruninho reúne quesitos técnicos promissores e destaca que possui uma função social importante apoiando sonhos, ajudando na formação de cidadãos e dedicando a sua estrutura multidisciplinar para ajudar jovens jogadores em seus processo de desenvolvimento no futebol”, diz o comunicado.

Relembre o caso

O caso do goleiro Bruno e Eliza Samudio envolveu o desaparecimento e assassinato da modelo e atriz, em 2010. Bruno Fernandes de Souza, conhecido como Bruno, era goleiro do Flamengo e teve um breve relacionamento com Eliza, resultando na gravidez dela. Eliza buscava reconhecimento e pensão alimentícia, mas Bruno negava a paternidade.

Em junho de 2010, Eliza desapareceu e, após investigações, foi revelado que ela havia sido sequestrada, mantida em cativeiro e assassinada. Bruno e vários cúmplices foram presos e julgados.

Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver. Outros envolvidos também foram condenados.

O caso chocou o Brasil pela brutalidade e pelo envolvimento de uma figura pública. Em 2017, Bruno foi liberado brevemente em regime domiciliar, mas foi preso novamente. Ele tentou retomar a carreira no futebol, mas enfrentou forte oposição pública.