Alexandre Mortágua, filho de Edmundo, falou sobre a reconciliação com o pai em uma nova entrevista. Em conversa com a Quem, o diretor de cinema também falou sobre uma tentativa de suicídio.

“Com terapia, consegui identificar que esse período depressivo começou como respostas à morte da minha madrinha de batismo, Márcia, que morreu de um câncer bem violento em 2017. Márcia era prima da minha mãe e era a autoridade paterna que eu não tinha na vida. Foi bem foda”, relata.

A sua vida pessoal será abordada em um livro, que escreveu durante a pandemia. A aproximação de Alexandre do pai se deu após o processo de autoconhecimento, portanto o Edmundo não será citado na publicação. Já a mãe ganhará destaque. “O livro é sobre acontecimentos que passaram pela minha cabeça naquela tarde de outubro que eu pensei em me jogar da varanda. Eu não tinha me aproximado do meu pai até então, ele não está no livro. Mas eu falo bastante da minha mãe”, justifica.

Depois de muitas polêmicas expostas publicamente, finalmente, o jovem encontrou um equilíbrio para viver em paz com a família. Alexandre diz de que forma essa reconciliação impactou positivamente em sua vida e trabalho. Em abril, o filho passou o aniversário de 50 anos do pai com ele, em São Paulo, onde Alexandre também reside atualmente.

“Pela primeira vez, aos vinte e seis anos, passei um aniversário do meu pai com ele. Me deu um senso de novidade. Eu acreditava que minha relação com meu pai seria conturbada para sempre e já tinha aceitado isso. Conseguir modificar uma situação que eu acreditava ser eterna me deu um senso de que qualquer coisa é possível, toda relação é ‘consertável’. Nós ainda estamos nos aproximando, mas serviu bastante para outras relações também”, conclui.