Como é mesmo? Quem sai aos seus não degenera; é isso? Se não for, ficará sendo, pois não estou com o menor saco para conferir. Então. Flávio Bolsonaro, aquele deputado estadual fluminense – hoje senador da República, meu Deus!! – que empregava o miliciano Queiroz, que confessadamente operou um esquema de peculato dentro do seu gabinete, criticou membros do MBL (Movimento Brasil Livre) por irem à Ucrânia, para prestar apoio e solidariedade ao povo barbarizado pelo carniceiro Vladimir Putin.

O bolsokid cujo pai, Jair Bolsonaro, o sócio do coronavírus, ao contrário, prestou apoio e solidariedade ao sanguinário russo, em seu twitter, declarou: ‘deve estar achando que lá é palco de manifestação, igual a Avenida Paulista. Depois arruma problema e vai sobrar pro Bolsonaro resolver’. Como é? Problema pro Bolsonaro resolver? Ora, diante da capacidade intelectual e moral do papis, só se for como gastar os 90 mil reais do Queiroz, depositados na conta da primeira-dama Micheque, ops!, Michelle Bolsonaro.

Dois garotos do MBL – chamo de garotos porque são… garotos! E eu sou um velho gagá – foram entender ‘de perto’ a situação pela qual passam os refugiados ucranianos. Além disso, pela enorme influência que possuem no Brasil, irão gravar ou compartilhar vídeos para que nós, daqui, possamos compreender melhor a tragédia no leste da Europa. Mas não só: aproveitaram a oportunidade e lançaram uma campanha de doação que arrecadou cerca de 200 mil reais, que irão usar para comprar mantimentos para a população local.

Bom, é também um lance político? É possível. O MBL é um movimento político, ué! O deputado Arthur do Val, pré-candidato ao governo de São Paulo, poderia estar mirando ganhos eleitorais? Sim. Mas estará fazendo com recursos próprios – e não com dinheiro público, como a família Bolsonaro -, e por uma causa nobre. Pergunto: após torrar milhões de reais em viagens inúteis mundo afora, o clã dos funcionários fantasmas e das rachadinhas promoveu alguma campanha de arrecadação aos necessitados?

Jair Bolsonaro, o maníaco do tratamento precoce, jamais prestou solidariedade aos milhões de enlutados brasileiros nesta pandemia. Ao contrário. Além de ajudar a espalhar o vírus e auxiliar a Covid a matar mais de 640 mil pessoas no País, debochou das vítimas e seus parentes. Mais: durante as trágicas enchentes deste ano, na Bahia e em Petrópolis (RJ), o brodinho do Putin ou passeava de jet ski ou babava os ovos do tirano russo. Eis a diferença de ‘fazer política’ entre a molecada do MBL e a família que condecora assassino de aluguel.

Estão de parabéns os garotos do Movimento Brasil Livre. E quem puder contribuir com a campanha, acesse o site deles ou entre em contato através dos canais nas redes sociais. Ah! Eles não ‘ajudaram’ Petrópolis. Assim como o mundo não está ajudando o Iêmen ou as guerras ainda piores na África, Ásia e Oriente Médio. Não sejamos, pois, mais hipócritas do que já somos! Fazemos o que queremos, onde e quando queremos, movidos por valores e interesses próprios. E sim! Somos seletivos. Se você não sabia, bem-vindo ao mundo cruel dos adultos que ao menos tentam ser um pouco melhores.