Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da World Athletics Lamine Diack, foi condenado nesta quinta-feira na França a cinco anos de prisão por corrupção, em um caso vinculado ao escândalo de doping na Rússia em 2011.

O tribunal de apelação de Paris confirmou a pena aplicada em primeira instância, mas reduziu pela metade a multa, a um total de 500 mil euros (R$ 2,7 milhões).

O acusado, que vive no Senegal e de onde afirma que não pode sair por estar sob tutela judicial, sempre defendeu sua inocência.

Como responsável de marketing da Federação Internacional de Atletismo (IAAF, rebatizada como World Athletics), ele foi considerado culpado, junto a seu pai, em primeira instância em setembro de 2020.

Para os juízes, ambos instauraram um sistema de corrupção para atrasar o processo de suspensão de atletas russos suspeitos de doping.

Isto fez com que alguns pudessem participar dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Em troca, os patrocinadores russos renovaram seus contratos com a IAAF antes do Mundial de Atletismo de 2013, em Moscou.

Papa Massata Diack também é acusado de desviar 15 milhões de euros (R$ 81 milhões) através de comissões consideradas “exorbitantes” em contratos de patrocínio e direitos de televisão.

O tribunal de apelação contenou a três anos de prisão com suspensão de pena Habib Cissé, conselheiro de Lamine Diack em direito mercantil.

Em primeira instância, seis pessoas foram condenadas pelo caso, entre elas o ex-presidente da IAAF, a quatro anos de prisão, dois dos quais obrigatório.

Lamine Diack faleceu em 2021, assim como o ex-chefe antidoping da federação internacional, o francês Gabriel Dollé.

Outras duas pessoas não recorreram da condenação: o ex-presidente da Federação Russa de Atletismo, Valentin Balakhnichev, e o ex-treinador Alexei Melnikov.

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