Em meio à disputa familiar envolvendo o legado de Cid Moreira, o filho do jornalista, Roger Moreira, divulgou uma nota oficial em resposta às recentes declarações da viúva, Maria de Fátima Sampaio Moreira.
Recentemente, a defesa dos filhos apresentou um pedido de habeas corpus para afastar a viúva da administração do patrimônio do ex-apresentador. Em resposta, o advogado de Maria de Fátima, Davi de Souza Saldaño, afirmou, em entrevista à revista ‘Quem’, que Roger e Rodrigo já foram formalmente denunciados pelo Ministério Público, “com base na robustez do conjunto probatório reunido, e não por iniciativa de Maria de Fátima”.
Segundo ele, os filhos promoveram diversas ações judiciais contra o próprio pai e a viúva, todas sem sucesso por falta de respaldo jurídico. O advogado qualificou o habeas corpus como “um verdadeiro abuso do direito de petição”, utilizado para atacar e constranger a viúva e manipular a opinião pública.
Em meio a esse contexto, Roger Moreira divulgou uma nota oficial negando que ele e o irmão tenham feito as acusações diretamente contra a viúva, esclarecendo que as denúncias partiram do ex-caseiro da família, Manoel Francisco de Lima, que trabalhou por mais de 26 anos ao lado de Cid Moreira e relatou preocupações sobre o tratamento e as condições de saúde do jornalista nos últimos anos de vida.
Confira a nota na íntegra:
“Diante das recentes declarações da Sra. Maria de Fátima Sampaio Moreira, venho, com todo respeito, esclarecer publicamente alguns pontos relevantes que têm sido distorcidos em sua narrativa.
As alegações que ela classifica como “tentativa de manipulação da opinião pública” são, na verdade, denúncias sérias e legítimas que foram encaminhadas às autoridades competentes, especialmente ao Ministério Público, para que fossem devidamente apuradas. Importante frisar: nem eu, Roger, nem meu irmão Rodrigo convivíamos com nosso pai e sua esposa naquele período, o que por si só evidencia que não poderíamos testemunhar diretamente tais fatos.
As informações que motivaram o pedido de investigação partiram de terceiros, em especial do ex-caseiro da família, Sr. Manoel Lima, que trabalhou por mais de 26 anos com nosso pai. Ele foi quem me procurou, demonstrando profunda preocupação com o estado de saúde e as condições em que Cid Moreira estava sendo mantido. Relatou que nosso pai era frequentemente deixado sozinho, consumia alimentos vencidos ou armazenados por longos períodos, aparecia com hematomas, e que a Sra. Maria de Fátima, além de ausentar-se por semanas, mantinha, à época, um suposto relacionamento extraconjugal.
Esses relatos, vindos de pessoas próximas à rotina da casa, não podem ser ignorados. E foi justamente por zelo e responsabilidade que buscamos a atuação do Ministério Público, não por interesse pessoal, mas por preocupação com o bem-estar de nosso pai.
Curiosamente, após a abertura dessas apurações, foi perceptível uma mudança positiva no tratamento recebido por ele e em sua condição de saúde, algo notável inclusive pelas redes sociais e aparições públicas.
Lamentamos profundamente que a Sra. Maria de Fátima insista em nos atacar com acusações infundadas, desviando o foco do que realmente deveria estar em debate: os fatos concretos, os indícios de irregularidades e a forma como o patrimônio e a saúde de Cid Moreira foram conduzidos ao longo dos anos.
Por fim, reforço: se alguém deve ser processado por calúnia, que se investigue a origem das denúncias — pois, reitero, não foram feitas por mim ou por Rodrigo, mas por pessoas que conviveram com o casal e que se preocuparam com o bem-estar de nosso pai.
Atenciosamente, Roger Moreira”.