Três semanas depois do golpe de Estado que derrubou o presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba, um dos seus filhos e várias pessoas próximas do gabinete do chefe de Estado deposto foram acusados e presos por “corrupção”.

O promotor de Libreville, André Patrick Roponat, informou à AFP nesta quarta-feira (20) que Nuredin Bongo Valentin, filho mais velho de Ali Bongo, assim como Jessye Ella Ekogha, ex-porta-voz presidencial, e quatro outras pessoas foram “acusadas na terça-feira e detidas”.

No dia 30 de agosto, menos de uma hora depois do anúncio da reeleição de Ali Bongo – no poder desde 2009 e acusado de fraudes em massa -, os militares, liderados pelo general Brice Oligui Nguema, depuseram-no, acusando seu regime de “desvios maciços” de fundos públicos.

No mesmo dia, os militares prenderam um dos filhos do chefe de Estado deposto, assim como outros cinco jovens funcionários de alto escalão do gabinete do ex-presidente e de sua mulher, Silvia Bongo Valentin.

Exibidas pela televisão estatal, as operações de busca em suas residências mostraram baús, malas e sacolas transbordando de maços de dinheiro.

Silvia Bongo Valentin está em prisão domiciliar em Libreville “para sua proteção”, segundo a presidência.

Inicialmente em prisão domiciliar na capital do Gabão nos dias que se seguiram ao golpe, Ali Bongo está “livre para movimentação e pode viajar para o exterior”, anunciou o general Oligui, em 6 de setembro.

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