Recentemente, Iza, de 33 anos, revelou ter sido traída pelo então namorado, Yuri Lima. A cantora está no 6º mês de gestação com sua primogênita, Nala.

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Ao site IstoÉ Gente, Telma Abrahão, especialista em educação neuroconsciente, traumas e infância, explica que a descoberta de uma traição durante a gravidez pode ter consequências profundas para o bebê que ainda está por nascer.

“Todas as emoções sentidas pela mãe são transmitidas para o bebê por meio de sinais químicos e hormonais, já que durante a gestação o feto está intimamente ligado às emoções da genitora. Situações de alto estresse e sofrimento, como a descoberta de uma traição, podem afetar o neurodesenvolvimento do feto”, detalha a especialista.

Telma ainda aponta que a exposição a altos níveis de estresse e emoções negativas durante a gestação pode predispor o bebê a uma série de desafios emocionais e comportamentais na vida adulta. “Bebês que foram expostos a traumas emocionais no útero podem desenvolver uma maior vulnerabilidade a transtornos de ansiedade, depressão e problemas de relacionamento. Além disso, eles podem apresentar comportamentos de insegurança, baixa autoestima e dificuldades em estabelecer vínculos afetivos saudáveis”, alerta.

Segundo a especialista, o sofrimento emocional intenso experimentado por uma gestante pode ativar seu eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal), aumentando a produção de cortisol, o principal hormônio do estresse. Esse aumento prolongado pode suprimir o sistema imunológico, alterando o metabolismo, podendo causar diabetes gestacional e problemas como ansiedade e depressão.

Já para o feto, níveis elevados de cortisol podem atravessar a placenta e afetar o desenvolvimento cerebral, restringir o crescimento e aumentar a susceptibilidade a distúrbios de estresse e metabólicos na vida adulta.

Dessa forma, Telma esclarece que, embora os impactos sejam significativos, existem maneiras de mitigar esses efeitos. “É fundamental que a mãe receba apoio emocional adequado durante e após a gestação. Terapias de suporte, como a psicoterapia, podem ajudá-la a processar suas emoções e reduzir os níveis de estresse. Além disso, práticas de autocuidado e técnicas de relaxamento, como a meditação e a respiração consciente, podem ser benéficas tanto para ela quanto para o bebê”, recomenda.

A especialista ainda enfatiza a importância de um ambiente de apoio para a mãe durante esse período crítico: “A presença de uma rede de suporte, incluindo familiares, amigos e profissionais de saúde mental, é fundamental para ajudar a gestante a lidar com a situação e criar um ambiente mais positivo para o desenvolvimento do bebê”.