O meia Paulo Henrique Ganso, do São Paulo, viaja nesta quinta-feira para se apresentar à seleção brasileira para a Copa América Centenário depois de um novo jogo em que se destacou. Mesmo na derrota para o Figueirense por 1 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, o jogador esteve acima do padrão da fraca atuação do time.

Um chute na trave de Kelvin, nos minutos finais, quase evitou a primeira derrota para o time catarinense em 11 anos. Pelas próximas rodadas, o São Paulo terá de se recuperar do tropeço sem o principal jogador da equipe no ano. Para o Figueirense, valeu a primeira vitória no Brasileirão e a saída da zona de rebaixamento.

Paulo Henrique Ganso soube da convocação para a seleção brasileira horas antes do jogo. É a primeira chance que recebe desde a Olimpíada de Londres, em 2012. O meia logo na primeira participação contra o Figueirense mostrou estar motivado com a oportunidade dada pelo técnico Dunga. Aos 30 segundos, deu um toque de letra.

As aparições do camisa 10 em campo foram raras no primeiro tempo, principalmente por culpa de uma completa pane no São Paulo. A equipe errou muitos passes, não tinha criatividade e tentava criar as jogadas com chutões da defesa em direção ao ataque. A bola passava pelo meio de campo sem circular pelos pés de Paulo Henrique Ganso, além de maltratada pelas inúmeras faltas, divididas e pela chuva.

O Figueirense pressionou o São Paulo no começo e saiu na frente aos 15 minutos com Rafael Moura, de cabeça. Só depois desse gol o time do Morumbi deu o primeiro chute. O autor da tentativa foi o novo integrante da seleção brasileira, em uma prova de que mesmo com o time abaixo do normal, ele continua acima do nível.

A equipe paulista apostou em uma formação com o lateral-direito Auro improvisado na ponta direita na vaga de Kelvin e perdeu Wesley, machucado, aos 14 minutos. Essas trocas pioraram a saída de bola de um time que depende de municiar Paulo Henrique Ganso para levar perigo ao adversário.

O descontentamento com a escolha inicial levou o técnico argentino Edgardo Bauza a refazer o plano. Kelvin voltou no segundo tempo e ajudou o time a evoluir. O São Paulo teve mais posse de bola e rondou a área adversária, mas sem perigo.

O Figueirense mostrou ter uma boa defesa e voltou a ameaçar mais nos minutos finais, em contra-ataques e bolas paradas. Nos 20 minutos finais, Paulo Henrique Ganso precisou mostrar polivalência para atuar mais recuado enquanto o São Paulo se arriscou mais para buscar o empate.

O jogo de cautela dos catarinenses e de ousadias do São Paulo só ficou movimentado depois dos 40 minutos da etapa final. Foi nesse período em que Kelvin quase igualou, Rogério levou bastante perigo e Denis, com ótima defesa, evitou que o Figueirense ampliasse.

FICHA TÉCNICA

FIGUEIRENSE 1 x 0 SÃO PAULO

FIGUEIRENSE – Gatito Fernández; Ayrton, Marquinhos, Bruno Alves e Marquinhos Pedroso; Ferrugem (Renatinho), Elicarlos e Bady; Dudu (Guilherme Queiroz), Ermel (Lins) e Rafael Moura. Técnico: Vinícius Eutrópio.

SÃO PAULO – Denis; Bruno, Lugano, Lucão e Matheus Reis; Thiago Mendes (Rogério) e Wesley (João Schmidt); Auro (Kelvin), Paulo Henrique Ganso e Centurión; Alan Kardec. Técnico: Edgardo Bauza.

GOL – Rafael Moura, aos 15 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS – Rafael Moura e Dudu (Figueirense); Paulo Henrique Ganso (São Paulo).

RENDA – R$ 133.205,00.

PÚBLICO – 5.271 pagantes.

LOCAL – Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC).