A Fifa suspendeu Trinidad e Tobago nesta quinta-feira por “graves violações” de seus estatutos, depois que a justiça do país caribenho contestou a imposição pelo tribunal de futebol de uma nova diretoria da federação de Trinidad por má administração dos responsáveis anteriores.

O órgão máximo do futebol mundial garantiu que não readmitirá Trinidad e Tobago até que o país caribenho reconheça a legitimidade da nova diretriz imposta pela Fifa.

“A decisão foi motivada porque o ex-diretor da Federação de Futebol de Trinidad e Tobago (TTFA) entrou com uma ação em um tribunal local para contestar a decisão do Conselho da Fifa de indicar uma nova diretoria para a TTFA”, explicou a Fifa em um comunicado.

A federação internacional lembrou que os estatutos da organização proíbem o recurso aos tribunais de justiça ordinários.

A Fifa nomeou em março um novo conselho de administração para a associação de Trinidad, que com a diretoria anterior estava se encaminhando para a insolvência após a má administração de seus dirigentes, segundo a Fifa.

De acordo com a Fifa, o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) é o tribunal de mais alta instância com competência para decidir esse tipo de conflito.

A Fifa e o país caribenho têm um passado turbulento de relações.

Em maio, a justiça suíça lançou uma nova investigação contra Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa e principal dirigente do futebol em Trinidad e Tobago, por casos de corrupção.

Warner já foi expulso da Fifa para sempre e luta para evitar a extradição para os Estados Unidos, país que o acusa de extorsão, conspiração e corrupção.

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