O Comitê de Ética da FIFA condenou nesta terça-feira (3) o ex-presidente da Confederação Africana (CAF), Issa Hayatou, a um ano da suspensão de qualquer atividade relacionada com o futebol por um contrato com a Lagardère Sports contrário aos princípios de concorrência.

O dirigente camaronês de 74 anos também terá que pagar multa de 30.000 francos suíços (quase 28.000 euros).

Hayatou foi considerado culpado de ter violado seu dever de lealdade à instância que dirigiu entre 1988 e 2017, ao assinar um contrato com a Lagardère Sports em setembro de 2016.

Este acordo garantia à empresa francesa a gestão dos direitos televisivos e de marketing das competições organizadas pela CAF até 2028.

A Presentation Sport, empresa também interessada nestes direitos, apelou à câmara de instrução do Comitê de Ética da FIFA em março de 2017.

A investigação concluiu que não foi feita nenhuma licitação antes da renovação do contrato com a Lagardère Sports, sócia da CAF desde 1993.

A organização também destacou que Hayatou abusou da sua posição ao não implicar vários membros do Comitê Executivo da CAF nas conversações.

O camaronês tampouco levou em conta a negativa de alguns deles em renovar o contrato com a Lagardère Sports, cuja oferta era inferior à da Presentation Sport.

Hayatou deixou a presidência da CAF em março de 2017, depois de perder as eleições contra o malgache Ahmad Ahmad.

O camaronês foi presidente interino da FIFA entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016 depois da suspensão de Joseph Blatter e até a eleição de Gianni Infantino.

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