O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta quarta-feira (27) que a entidade segue estudando “a viabilidade” de um Mundial-2022 no Catar com 48 seleções, com o apoio de “alguns países limítrofes” que também possam sediar jogos.

“Creio que vale a pena analisar a questão e tentar. Está claro que não é fácil, mas já tomamos a decisão de jogar com 48 equipes para (o Mundial de) 2026. Por que não tentar fazer isso antes?”, declarou Infantino em uma coletiva de imprensa organizada ao término de três dias de reunião com representantes de mais de 60 federações em Roma, no evento chamado ‘Executive Football Summit’.

“Estudamos a viabilidade. Seriam 16 equipes a mais, com suas torcidas. É preciso ver a questão da infraestrutura. Objetivamente, será muito difícil organizá-lo unicamente no Catar, devido à geografia do país”, explicou.

“Então podemos nos perguntar se alguns jogos podem ser disputados fora do país. A situação geopolítica é complexa. Mas vejo hoje que Donald Trump e Kim Jong Un estão reunidos. Isso quer dizer que tudo é possível”, acrescentou o presidente da Fifa.

Catar está há dois anos em plena crise diplomática com seus vizinhos Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.

“Vamos ver se é possível. Se é realizável, teremos uma Copa fantástica com 48 (seleções) no Catar e em alguns países limítrofes. Se não, tudo bem, teremos uma Copa fantástica com 32 no Catar. Não há nada de ruim em estudar a questão”, declarou Infantino.

“Devemos decidir de agora até junho deste ano. Se não, será difícil para as eliminatórias em algumas confederações”, concluiu.

Infantino, que é o único candidato para sua reeleição no comando da Fifa em junho, apresentou nos últimos meses propostas polêmicas, como a de um Mundial de Clubes renovado e ampliado e a de uma Liga Mundial de Nações. A Uefa criticou as duas ideias.

Sobre a Liga das Nações, Infantino afirmou que é preciso “respeitar um processo democrático”.

“Vamos falar com todas as federações, não somente com a Uefa. Existem seis confederações”, lembrou o dirigente ítalo-suíço.

“Vamos falar com tranquilidade. Não tenho problemas com ninguém. Estive na Uefa, que há 20 anos ampliou suas competições. A Fifa, não. Agora é chegado o momento. Temos uma oportunidade”, destacou.

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