A disputa entre Santos e Christian Cueva na Fifa teve um importante capítulo nesta sexta-feira e, estranhamente, as duas partes podem se considerar vencedoras. A entidade que controla o futebol mundial permitiu que o peruano seja registrado pelo Pachuca, do México, mas também deu ao clube alvinegro a possibilidade de cobrar do jogador uma indenização.

De acordo com um comunicado emitido pela assessoria de imprensa do Santos, a Fifa reconheceu que o clube tem direito de pedir uma indenização pela transferência do meia para o México. Isso, porém, não garante que os santistas vão receber a compensação. Para tanto, será preciso enfrentar (e vencer) uma longa batalha jurídica.

Alegando falta de pagamento de salários, Cueva deixou de treinar no Santos e se apresentou ao Pachuca, clube no qual está treinando desde a semana passada. Embora não tenha a intenção de reintegrar o meia a seu elenco, a diretoria santista ficou irritada com a atitude do jogador porque não aceita perdê-lo de graça.

No primeiro semestre de 2019, o Santos contratou Cueva do Krasnodar, da Rússia. O acordo entre os clubes determinou que o pagamento deveria começar apenas neste ano – o valor estipulado pelo jogador foi US$ 7 milhões (aproximadamente R$ 30 milhões). O peruano, porém, foi muito pouco aproveitado pelo técnico Jorge Sampaoli e agora, com Jesualdo Ferreira no comando da equipe, a situação não mudou.

Em sua defesa, Cueva vai usar os atrasos salariais – que o Santos nega existirem – como motivo para não indenizar o Santos, que, por sua vez, quer receber pelo menos US$ 7 milhões. Caso o jogador vença essa disputa, a agremiação da Vila Belmiro vai amargar um prejuízo terrível, pois continuará obrigada a pagar ao Krasnodar por um jogador que não deu retorno à equipe em campo.