As goleiras que se adiantarem nas cobranças das disputas de pênaltis não serão mais punidas com o cartão amarelo a partir dos jogos das oitavas de final do Mundial Feminino. A Fifa recebeu aprovação da International Board, nesta sexta-feira, para suspender a aplicação da regra.

Com a análise dos árbitros assistentes de vídeo, a Fifa temia que mais goleiras pudessem ser penalizadas e expulsas, sem que uma reserva pudesse entrar seu lugar, após as três substituições permitidas, durante as disputas de pênaltis.

“A infração de uma goleira foi introduzida nas leis como um impedimento”, disse o chefe de arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina. “Não é possível que uma goleira afaste os dois pés da linha de meta sem ser notada. Além disso nós sentimos que o risco de uma segunda punição era muito alta, considerando o número de penalidades que são anotadas”, completou o italiano.

Vários pênaltis foram batidos novamente durante a fase de grupos do Mundial porque o VAR flagrou movimentos das goleiras. A Argentina estava perto da eliminação, ao perder um pênalti, mas teve uma nova oportunidade, pois houve uma revisão com o VAR. A nova cobrança foi convertida, o time obteve o empate por 3 a 3 com a Escócia e o terceiro lugar no Grupo D, mas não conseguiu um lugar nas oitavas de final.

“Se uma goleira se adiantar durante uma cobrança de pênalti, o VAR não pode fazer nada além de intervir e informar ao árbitro que o pênalti deve ser repetido e o goleira, advertida”, disse Collina. “Todas as seleções foram devidamente informadas no início de março e as goleiras tiveram tempo suficiente para se acostumar com isso.” Segundo o ex-árbitro, a punição será rediscutida em futuras reuniões da Fifa e da International Board.