A Fifa anunciou nesta terça-feira (5) a criação de uma empresa junto com o Catar para fortalecer o controle e o planejamento da organização da Copa do Mundo de 2022.

A Fifa será proprietária de 51% dessa ‘joint venture’, com os 49% restantes sendo mantidos pelo comitê organizador local, disse a agência.

A criação da sociedade faz parte do programa ‘Fifa 2.0’ apresentado em 2016 pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, e visa “reorganizar a forma como trabalhamos no nível operacional e evitar problemas de ineficiência”. explicou a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, nesta terça-feira em Doha.

Até agora, inclusive na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, os comitês organizadores locais gozavam de ampla autonomia, apesar de serem financiados em grande parte pela Fifa. Mas antes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a Fifa, por meio de seu secretário-geral na época, o francês Jérôme Valcke, desde então suspenso, havia criticado duramente os atrasos na organização.

O Mundial de 2022, que será realizado pela primeira vez no inverno do hemisfério norte (de 21 de novembro a 18 de dezembro) devido às altas temperaturas no verão, deve reunir 32 seleções. Mas Infantino propôs a ideia de antecipar, a partir de 2022, a transição para 48 equipes, que está prevista para a Copa de 2026.

A decisão será tomada em uma reunião do Conselho da Fifa em Miami, em março, com base em estudos de viabilidade e um complicado contexto geopolítico.

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