A Fifa anunciou nesta terça-feira que seu conselho decidiu “criar um comitê de regularização para a Federação Venezuelana de Futebol (FVF)” após a morte de Jesús Berardinelli, seu presidente, no início de agosto, 16 dias após ser preso por acusações de corrupção.

“O Bureau do Conselho da Fifa considerou que a federação enfrenta uma situação em que os cargos de presidente e vice-presidente ficaram vagos”, disse a entidade máxima do futebol.

“Essas ausências na cúpula da FVF impedem a federação de tomar decisões administrativas e esportivas nestes momentos de incerteza, o que pode ter um impacto negativo no desenvolvimento do futebol venezuelano em todos os níveis”, acrescentou.

Berardinelli foi preso no dia 20 de julho sob acusações de corrupção e dois dias depois teve que ser transferido para uma clínica devido a insuficiência respiratória.

O falecido dirigente assumiu a presidência da FVF depois que seu predecessor, Laureano González, anunciou sua renúncia no dia 11 de março. Ele já havia ocupado esse cargo temporariamente.

A Fifa considera que “as restrições impostas em função da pandemia” podem impedir a federação “de realizar um congresso eleitoral dentro dos prazos e com os requisitos estipulados nos estatutos da FVF”.

“Neste contexto, e após consulta à Conmebol,” o mandato da comissão de regularização incluirá várias funções, tais como “gerir a atividade diária” e “organizar e realizar eleições para todos os membros da FVF”.

“Nos próximos dias, os membros do comitê de regularização serão nomeados e seus nomes serão divulgados posteriormente”, continuou a Fifa.

“A referida comissão de regularização atuará como comissão eleitoral e, portanto, nenhum de seus membros, e em hipótese alguma, poderá se candidatar aos cargos convocados nas eleições da FVF”, acrescentou.

“O período em que o comitê exercerá suas funções vai durar, no máximo, até 30 de junho de 2021”, concluiu a Fifa.

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