A Fifa espera que a implantação de sua tecnologia de impedimento semiautomático, que está sendo testado no Mundial de Clubes, não apenas acelere a tomada de decisão do VAR, mas também ajude os fãs de futebol com essa regra do jogo.

O sistema de rastreamento ótico foi testado pela primeira vez na Copa Árabe realizada no Catar no ano passado e a Fifa espera que possa ser plenamente utilizado na Copa do Mundo que será realizada ainda este ano no mesmo país do Golfo.

O presidente do comitê de arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, disse a repórteres na quarta-feira que o sistema de árbitro assistente de vídeo (VAR) foi “muito frutífero” desde a sua introdução, mas admitiu que é necessária uma maior coerência.

“É importante que os árbitros do VAR tomem uma decisão precisa, mas estamos cientes de que o tempo deve ser reduzido, principalmente nos impedimentos”, disse Collina enquanto o Mundial de Clubes é disputado nos Emirados Árabes Unidos.

“Às vezes é necessário um pouco mais de tempo quando a distância (entre dois jogadores) é reduzida”, acrescentou o ex-árbitro italiano.

A nova tecnologia é baseada em câmeras de transmissão de televisão e câmeras específicas, que dão a posição exata de um jogador em campo, oferecendo aos árbitros informações precisas em apenas alguns segundos.

Atualmente, o sistema gera 18 pontos por jogador, seguindo as diferentes partes do corpo para criar um modelo esquelético tridimensional, mas a meta é que esse número chegue a 29 durante a Copa do Mundo de 2022 para ser ainda mais preciso, disse o responsável pela tecnologia do futebol da Fifa Sebastian Runge.

Uma vez tomada a decisão, a tecnologia baseada na inteligência artificial transforma as imagens em uma animação 3D que pode ser exibida através das telas de vídeo de um estádio “para explicar se um jogador estava ou não impedido” para os espectadores, acrescentou Runge.

Apesar do aumento da tecnologia na arbitragem, a Fifa garante que a decisão final ficará com o árbitro principal.

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