21/02/2017 - 13:00
São Paulo, 21/2 – O PIB do agronegócio do Estado de São Paulo deve fechar 2016 em R$ 277 bilhões, crescimento de 7,2% ante o resultado de 2015, estima o Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A pesquisa, feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, considera os dados disponíveis até outubro. Em nota, a Fiesp diz que a participação da indústria antes da porteira da fazenda (de insumos agropecuários) é de 5%; a de dentro da porteira (agropecuária), de 11%; a indústria depois da porteira (preponderantemente a de alimentos), de 41%, e os serviços diretamente ligados ao agronegócio, de 43%. Conforme a Fiesp, a atividade primária, “dentro da porteira da fazenda”, impulsionou o resultado agregado. “Apesar de deter apenas 11% de participação na formação do PIB, apresentou a mais expressiva alta, de 19%, em relação a 2015. Neste caso, os destaques determinantes foram as culturas da cana-de-açúcar e da laranja, em que o Estado representa 57% e 73%, respectivamente, de todo o volume produzido no Brasil.” Ainda segundo a entidade, as culturas do café, soja, milho, banana, batata, amendoim, feijão e uva tiveram um bom ano e contribuíram com o forte crescimento do setor primário. No segmento “antes da porteira da fazenda”, o crescimento esperado é de 3,1%, com destaque positivo aos insumos da pecuária (8,5%), influenciado pela indústria de nutrição animal. “Já os insumos agrícolas ficaram praticamente estagnados, pois, se por um lado algumas indústrias apresentaram bom desempenho, como a de fertilizantes, por outro as empresas de máquinas e equipamentos tiveram nova retração em 2016.” Quanto às indústrias “depois da porteira da fazenda”, a estimativa é de um avanço de 5,7% sobre 2015. Foram observados crescimentos nas indústrias de café, óleo de soja, etanol e açúcar, sendo este último o grande destaque. “O forte desequilíbrio no quadro de suprimentos global de açúcar, com quebras de safras ocorridas em 2015 em países como Índia, União Europeia, além da Tailândia, contribuíram para o decréscimo da disponibilidade da commodity no mercado mundial. No Brasil, vários fatores fizeram com que a safra anterior fosse mais alcooleira, fato que, combinado ao excesso de umidade na colheita, contribuiu para que o preço atingisse patamares elevados, observados pela última vez em meados de 2012. Na contramão, os setores de celulose, têxtil e vestuário, e produtos e móveis de madeira pesaram negativamente para o resultado.”