SÃO PAULO, 31 MAI (ANSA) – Após ter lançado o compacto Mobi, a nova versão do Uno e a picape Toro em 2016, a Fiat, marca do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA), apresentou nesta quarta-feira (31), em São Paulo, o “recheio do sanduíche”: o hatch premium Argo, que substitui de uma só vez o Punto e os modelos mais caros do Palio.   

Disponível em sete versões, que vão de R$ 46,8 mil a R$ 70,6 mil, o Argo é fabricado na unidade de Betim, nos arredores de Belo Horizonte (MG), e chega para disputar mercado com o Chevrolet Onix, o Hyundai HB20 e o Ford Ka, os três carros mais vendidos no país em 2017.   

“É um carro fundamental para a Fiat. A ideia é alavancar a marca para outro patamar”, disse o presidente da FCA para a América Latina, Stefan Ketter. O Argo, aliás, será exportado para todo o subcontinente, que representa uma das principais apostas da montadora.   

O lançamento do novo modelo acontece em um momento delicado do Brasil: apesar de a economia dar alguns sinais de retomada, o país foi abalado pela delação dos executivos do frigorífico JBS, que ameaça o mandato do presidente Michel Temer e reacendeu uma crise política que pode contaminar o otimismo do consumidor.   

Ainda assim, Ketter afirmou que o Argo foi apresentado no momento “exatamente correto” e que a situação “não vai piorar”.   

“Nós acreditamos no Brasil, vamos em frente, investindo. O fundo do barril já passou, já foi”, declarou.   

Segundo o executivo, a Fiat vive a “maior transformação de produtos” de sua história. No ano passado, a marca já havia lançado o Mobi e o novo Uno para a faixa mais baixa do mercado de hatches e o Toro para o segmento de picapes grandes. “A parte de cima e a parte de baixo, só faltava o recheio do sanduíche”, disse Ketter.   

As versões – O Argo será disponibilizado em sete versões: Drive 1.0, com transmissão manual (R$ 46,8 mil); Drive 1.3, com o mesmo câmbio (R$ 53,9 mil); Drive 1.3 GSR, com transmissão automatizada (R$ 58,9 mil); Precision 1.8 manual (R$ 61,8 mil); Precision 1.8 AT6, com câmbio automatizado de seis marchas (R$ 64,6 mil); HGT 1.8 manual (R$ 67,8 mil); e HGT AT6 (R$ 70,6 mil).   

Estes dois últimos são os mais esportivos, com spoilers no para-choque, moldura preta na parte inferior da lateral e nas caixas de roda, saída de escapamento trapezoidal e cromada, rodas de liga leve aro 16 e revestimentos vermelhos na parte inferior da grade dianteira e no centro do painel interno.   

Todas as sete versões já saem de fábrica com direção elétrica progressiva, ar-condicionado, display de alta resolução no quadro de instrumentos, banco do motorista com ajuste de altura, cintos de segurança retráteis de três pontos para todos os ocupantes, sistema Start&Stop, Isofix (dispositivo para retenção de cadeirinhas), travas elétricas e vidros dianteiros elétricos.   

Também haverá uma série especial, a Opening Edition Mopar, com produção limitada a 1 mil unidades e que chegará às concessionárias no fim de junho. Baseado na versão HGT 1.8 AT6, esse carro terá diversos acessórios da Mopar, a empresa de pós-venda do grupo FCA, como rodas de alumínio escurecidas (aro 16), protetor de soleira nas portas, tapetes de borracha e carpete e kit de alto-falantes de alta performance.   

O modelo será vendido apenas na cor azul Portofino e também terá teto, aerofólio traseiro e retrovisores externos pintados de preto. Com design esportivo e de DNA italiano, o Argo tem em todas as versões um habitáculo de 2.806 litros, o maior do segmento, segundo a Fiat, e porta-malas de 300 litros, 20 a mais que o do Punto. (ANSA)