Os consumidores brasileiros devem melhorar suas expectativas para a inflação no País até o fim do ano, caso os preços da economia permaneçam controlados, avaliou Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,3% em julho, ante uma taxa de 5,4% registrada em junho. O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores pode descer abaixo de 5% até dezembro, estimou a pesquisadora.

A ligeira melhora em julho nas projeções para a inflação refletiu reduções recentes nos preços dos alimentos, gasolina e energia elétrica. No entanto, uma nova rodada de reajustes impediu uma avaliação melhor dos consumidores.

“Alguns tubérculos aumentaram de preço e a energia elétrica voltou a ter cobrança extra da bandeira amarela. A inflação está controlada. Não fossem esses itens importantes no orçamento das famílias, a expectativa para a inflação nos próximos meses poderia ter sido ainda mais baixa”, contou Renata.

A pesquisadora do Ibre/FGV lembra que a expectativa de inflação dos consumidores costuma estar acima da projetada por analistas de mercado financeiro e da meta perseguida pelo Banco Central, que é de 4,25% para 2019.

Em julho, na análise por faixas de renda, as maiores quedas nas expectativas para a inflação ocorreram entre as famílias mais pobres e mais ricas. No grupo com renda familiar mensal de até R$ 2.100,00, a expectativa mediana de inflação diminuiu 0,3 ponto porcentual, para 5,9%. Entre os consumidores com renda mensal superior a R$ 9.600, a taxa caiu 0,2 ponto porcentual, para 4,5%.

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O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.


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