O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, manteve sua projeção de avanço de 0,25% para o indicador em julho, após deflação de 0,10% em junho. Na primeira quadrissemana de julho, o índice teve variação nula (0,00%).

A principal pressão de alta para o mês devem ser os combustíveis, de acordo com Picchetti, devido à reoneração de tributos federais, em vigor desde o dia 1º. “Ainda que o avanço da gasolina tenha sido de 1,78% na margem na quadrissemana, na ponta, a alta está acima de 6,0%, o que indica que deve pressionar ao longo do mês”, destaca Picchetti, que também cita a alta de 2,0% na ponta registrada pelo etanol.

No cenário do coordenador, as passagens aéreas e os automóveis novos, com a dissipação dos efeitos dos descontos promovidos pelo governo federal, também devem pressionar o índice para cima em julho. “Os alimentos também devem se manter em patamar negativo, mas com quedas cada vez menos intensas”, acrescenta Picchetti.

Nesta leitura, o acumulado em 12 meses do IPC-S acelerou a 3,45%, ante 2,22% no encerramento de junho. A estimativa de Picchetti, de alta de 5,10% para o fim do ano, por ora, também está mantida.