A confiança do consumidor subiu 4,7 pontos em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 24, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cresceu a 80,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 4,2 pontos.

“A confiança dos consumidores segue trajetória de recuperação pelo terceiro mês consecutivo. Sob a ótica das famílias, a percepção é de melhora da situação atual e também das perspectivas futuras. Pela primeira vez desde julho do ano passado, a intenção de compras de bens duráveis avança de forma mais expressiva, o que parece relacionado a um maior otimismo em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que existam diferenças entre as faixas de renda”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em junho, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,9 pontos, para 71,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 5,9 pontos, para 88,3 pontos.

A percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral aumentou 2,8 pontos em junho, para 76,7 pontos, maior valor desde março de 2020. Já o item que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 2,9 pontos, para 67 pontos.

Quanto às expectativas, o item que mede o ímpeto de compras de bens de consumo duráveis para os próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em junho, com avanço de 11,1 pontos, para 64,6 pontos, patamar ainda consideravelmente baixo quando comparado aos níveis pré-pandemia de covid-19. O componente que mensura as perspectivas em relação à situação da economia subiu 3,5 pontos, para 113,1 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2020. O item que mede as perspectivas para a situação financeira das famílias nos próximos meses aumentou 2,4 pontos, para 88,8 pontos.

No mês de junho, houve avanço na confiança em todas as faixas de renda, com destaque para as famílias mais ricas, com renda mensal acima de R$ 9.600,00, cujo ICC aumentou 4,6 pontos, para 89,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020. Na faixa de renda mais pobre, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, o ICC ficou em 74,1 pontos, alta também de 4,6 pontos ante maio.

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A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.610 domicílios, com entrevistas entre os dias 1º e 21 de junho.


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