A China, principal parceiro comercial do Brasil, puxou o resultado do superávit brasileiro este ano. De janeiro a outubro, o saldo da balança comercial foi de US$ 34,9 bilhões, sendo que o saldo do comércio com a China foi de US$ 21,4 bilhões. Os dados são do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quarta-feira, 13, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O comércio com outros países da América do Sul (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) também foi importante para turbinar o superávit brasileiro, com saldo positivo de US$ 6,4 bilhões, enquanto a corrente de comércio com a União Europeia contribuiu com outros US$ 2 bilhões.

Por outro lado, a parceria comercial com os Estados Unidos se mostrou deficitária, tirando do superávit brasileiro US$ 1,137 bilhões. A crise na Argentina também contribuiu negativamente com menos US$ 622 milhões.

A China é o principal destino das exportações brasileiras (27,8%), com uma fatia mais de duas vezes maior que a do segundo colocado, os Estados Unidos, que receberam 13,1% das exportações brasileiras.

A participação chinesa supera até a do bloco da União Europeia, que registrou uma fatia de 16,3%. A recessão na Argentina contribuiu para que o País recebesse apenas 4,4% das exportações brasileiras, a segunda menor participação da série histórica iniciada em 2000. Já os demais parceiros da América do Sul absorveram juntos 8% das exportações brasileiras.

Quanto às importações brasileiras, a China deteve a maior participação (20,0%), seguida pelos Estados Unidos (16,8%). A União Europeia ficou com uma fatia de 18,7% das importações; a Argentina, 5,8%; e os demais parceiros da América do Sul, 5,6%.

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No mês de outubro de 2019, houve queda de 8,7% no volume das exportações brasileiras ante outubro de 2018, mas aumento de 12,6% nas importações no período. No acumulado do ano, as exportações caíram 1,9%, e as importações aumentaram em 3,6%.


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