Apresentar o esporte adaptado para crianças (com e sem deficiência) é o objetivo da segunda edição do Festival Paralímpico, que ocorre neste sábado (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em 70 cidades do Brasil. O evento é organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e celebra o Dia do Atleta Paralímpico, comemorado no domingo (22). A programação é gratuita, Confira aqui os locais de realização do festival.

Cada sede oferecerá uma programação com três modalidades, entre atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (paralisia cerebral), goalball (cegos), judô (cegos), parabadminton, parataekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. Segundo o CPB, a expectativa é receber 11 mil crianças e mobilizar, ao todo, 15 mil pessoas — cinco mil a mais do que no ano passado, na primeira edição.

As atividades, voltadas a jovens de 10 a 17 anos, vão das 8h30 às 11h30 e serão realizadas por educadores físicos e voluntários. Os próprios profissionais confeccionaram os materiais que serão utilizados. No goalball, por exemplo, as bolas serão envolvidas por plásticos, para fazerem barulho semelhante ao do guizo presente no equipamento oficial — os atletas da modalidade localizam a bola na quadra por meio do som.

“Os materiais (do Festival) são adaptados exatamente para provocar os professores de ensino regular a adaptarem suas aulas, sem a necessidade de equipamentos oficiais de bocha, futebol de 5, goalball, e assim por diante. É uma oportunidade ímpar para mostrar aos professores que é possível fazer uma aula adaptada e incluir as crianças na Educação Física”, explica Ramon Pereira, coordenador de Desporto Escolar do CPB.

O festival terá a presença de atletas que conquistaram medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. Um exemplo é o nadador mineiro Gabriel Geraldo, recordista mundial na classe S2 (alto grau de comprometimento físico-motor), que participará do evento em Belo Horizonte. Em Salvador, a dupla baiana campeã no futebol de 5, Jefinho e Cássio Lopes, participará das atividades.

“Referências são sempre importantes, não é diferente no paradesporto. Teremos, por exemplo, seis atletas no Pará representando o CPB em dois dos núcleos. No Centro de Treinamento Paralímpico (em São Paulo), como tem um maior número de atletas treinando e morando perto, serão 26 (esportistas)”, detalha Pereira. “A oportunidade de a criança participar, sabendo que há um atleta paralímpico, medalhista, e que ela poderá um dia ser uma atleta assim, traz motivação para, após o festival, esse jovem procurar uma associação e praticar a modalidade”, conclui.

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Dia do Atleta Paralímpico

A data nacional foi instituída pelo decreto de lei nº 12.622, de 8 de maio de 2012, passando a ser comemorada a partir de 2014. Já o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) existe desde 2005 para conscientizar a importância de se desenvolver formas de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.


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