Entre os dias 2 e 10 de agosto, vamos embarcar em uma viagem por 3 dos mais importantes rios de Minas, no Festival Seres-Rios promovido pelo BDMG Cultural. Vamos visitar as águas e seres que habitam as bacias do Opará-São Francisco, Watú-Doce e Yékyty-Jequitinhonha, pelos relatos e pela arte de quem conhece as belezas, a realidade e as ameaças que cercam nossas águas.

A programação que inclui música, artes visuais, cinema, debates e atividades infantis será compartilhada, gratuitamente, online, na plataforma criada especialmente para o evento – seresrios.org. Com curadoria de Bernardo Esteves, Júnia Torres, Marcela Bertelli e Wellington Cançado, o festival reúne nomes como Mônica Salmaso, Ailton Krenak, Marisol de la Cadena, Ana Gomes, André Aroeira, Apolo Heringer, Alessandra Korap, Ponto de Partida, Paulo Nazareth, Nego Bispo, Aline Motta, Célia Xacriabá, Mia Couto e muitos outros.

A abertura do Festival será no dia 02/08 (segunda-feira), às 19h, com o debate sobre política cósmica – a convivência de seres humanos com seres rios no mesmo planeta – entre o líder indígena, ambientalista, filósofo e escritor Ailton Krenak e Marisol de la Cadena, antropóloga peruana, com mediação de Ana Gomes.

Às 20h, tem show da cantora Mônica Salmaso que, acompanhada do pianista André Mehmari e do saxofonista e flautista Teco Cardoso, interpretará canções clássicas e lúdicas sobre os rios.

O espaço “Diálogos” trará ambientalistas, urbanistas, antropólogos e pesquisadores para debater sobre “Rios Urbanos: Qual o futuro dos rios nas cidades?”; “Futuro dos rios: O que podem os rios no mundo pós-desenvolvimentista?”, “Extinções: Como morrem os rios?”, “Desextinção – Como renascem os rios?”, “Ecossistêmicas: Podem rios vivos curar humanos?” e  “Rios sujeitos de direitos: O que pensam os rios? Quem fala em seu nome?”

A história do mestre carranqueiro de fama mundial, Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany, e o novo “Pajeú” de Pedro Diógenes são destaque na mostra de cinema “Rios para ver”. 18 filmes retratam as riquezas natural e cultural dos 3 rios tema do festival, além de 6 produções sobre outros rios brasileiros e as tradições dos povos ligados a eles.

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O público do Seres-Vivos também vai poder conhecer as iniciativas populares de comunidades ribeirinhas mineiras que têm ajudado a preservar e a recuperar as águas dos nossos rios. Um trabalho de cartografia digital e interativa mapeou cerca de 120 movimentos nas bacias do Doce, do Jequitinhonha e do São Francisco,  como os “Plantadores de água do Peruaçu”, os quilombolas “Guardiões das lagoas marginais do Velho Chico” e o “Deixem o Onça beber água”.

Uma exposição de obras encomendadas a artistas ligados à temática dos rios, traz fotos, vídeos, dança e áudios dos trabalhos de Davi de Jesus do Nascimento, Edgar Xakriabá, Ana Pi, Nydia Negromonte, Paulo Nazareth e Sara Lana.

Para as crianças, o festival exibe a gravação de um episódio especial do podcast Maritaca, a disponibilização de uma oficina com Adelsin, uma oficina de barquinhos navegáveis com Roquinho e a transmissão do espetáculo “Pra Nhá Terra”, interpretado pelo grupo de teatro Ponto de Partida e Meninos de Araçuaí e banda.

Uma série de lives irá abordar “Como navegar no Antropoceno?”, “Como amansar Gaia?”, “Como confluem águas e saberes?” e “Como fabular contra a corrente?”, tema que encerra a programação do Festival, com a escritora, pesquisadora e professora Maria Esther Maciel e o escritor e biólogo moçambicano Mia Couto, no dia 10/08, às 19h.

SERVIÇO

BDMG Cultural apresenta Seres-Rios Festival Fluvial  

Data: 2 a 10 de agosto

Local: on-line – pela plataforma www.seresrios.org (a partir do dia 02/08)

Programação já está disponível no site do BDMG Cultural


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