O objeto do cinema é a imagem imaterial em movimento. Muitas vezes, porém, ele depende da presença física dos atores ou de corpos reais. Eis aí o fio condutor da 22ª Mostra de Cinema de Tiradentes, único festival dedicado ao cinema experimental no Brasil. Segundo o curador Cleber Eduardo, o critério de escolha do programa o levou a pesquisar, em obras de arte e notícias, “as relações entre corpos que ocupam os espaços que o tempo contemporâneo lhes oferece e, muitas vezes, lhe tenta atribuir”. O resultado são 108 filmes — 28 longas, dois médias e 78 curtas-metragens — a ser exibidos em 39 sessões e 30 debates. O evento compreende oficinas, performances, shows e lançamentos de livro. A homenageada do ano é a atriz, produtora e dramaturga mineira Grace Passô. Com ela serão exibidos o média-metragem inédito “Vaga Carne”, baseado em uma peça de teatro que discute o papel do corpo, e os longas dramáticos “Temporada”, de André Novais Oliveira, e “Ela não acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr. De 18 a 22/1 em vários locais de Tiradentes (MG). Tiradentes (MG), de 18 a 26/1, em vários locais.

3 FILMES FEITOS EM LABORATÓRIO

“Vermelha”, do diretor goiano Getúlio Ribeiro, decompõe a fórmula consagrada da narrativa

“Carmen ou o Corpo Impossível”, dos cariocas Felipe Bragança e Caterina Wallenstein, tenta expandir os limites da representação gestual

“A Rainha Nzinga Chegou”, produção mineira de Júnia Torres e Isabel Casimira que questiona a biografia