Em 2025, o DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos chega à sua 5ª edição lançando luz sobre as conexões entre memória, terra e liberdade. A programação acontece de 25/11 a 2/12, com entrada franca. A programação acontece no Centro Cultural São Paulo, Cinemateca Brasileira, Galpão Cultural Elza Soares, Espaço Petrobras de Cinema e Reserva Cultural, além da plataforma de streaming CultSP Play.
Uma realização do Instituto Vladimir Herzog e da Criatura Audiovisual, o festival tem patrocínio da Petrobras, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, e da CAIXA. No marco dos 50 anos sem Vladimir Herzog, jornalista assassinado pela ditadura militar em 1975, o festival homenageia seu legado programando um ciclo de documentários sobre sua trajetória.
O evento promove – pela primeira vez – a entrega do Prêmio Marimbás, que reconhece grandes nomes da arte e da cultura cujas trajetórias se entrelaçam com os direitos humanos. Recebem o troféu, desenhado pela desenhista cartunista Laerte, Sebastião Salgado (in memoriam) e Zezé Motta, que apresenta um pocket show.
No Galpão Cultural Elza Soares, uma maratona reúne no sábado, 29/11, o almoço da Cozinha Escola Dona Ilda (MST), a festa Discopédia, dedicada a discotecagem em vinil, e uma apresentação da cantora, compositora, atriz e política Leci Brandão – a primeira após uma pausa para cuidar da saúde.
“Memória, Terra e Liberdade” é o tema do debate que reúne, em 27/11, às 19h00, no Centro Cultural São Paulo, o ambientalista, pesquisador e escritor martinicano Malcom Ferdinand e a escritora, ativista indígena guarani Geni Nunez. Outra novidade desta edição do festival é a apresentação de espetáculos teatrais. Na estreia, o Grupo Pano encena a elogiada peça musical “Cerrado!”, indicada ao Prêmio Shell 2025.
Com mais de duas dezenas de produções, a seleção de filmes traz obras inéditas comercialmente assinadas por diretores como Aurélio Michiles, Evaldo Mocarzel, Joel Zito Araújo e Tainá Müller, além de uma série de Caru Alves de Souza, exibida pela primeira vez em São Paulo.
TEMA
Memória, terra, liberdade: um manifesto
Memória, terra, liberdade: três raízes que insistem em crescer, mesmo quando o concreto tenta sufocar o chão. A memória não é passado estático, é ferida aberta e também semente de futuro. A terra não é só território, é corpo, é alimento, é a promessa de permanência. A liberdade não é concessão, é direito inegociável, é respiração coletiva, é o gesto de se levantar contra o esquecimento.
Neste festival, dançamos, cantamos e projetamos imagens para romper silêncios e fortalecer nosso encantamento com a vida. O encontro é a nossa resposta, o diálogo é a nossa resistência, a arte é o nosso caminho – o mais delicado e potente. Que o DH Fest 2025 seja um terreno fértil onde memória, terra e liberdade se entrelaçam para lembrar que democracia não é herança garantida: é cultivo diário, feito com corpo, palavra e sonho.
ABERTURA
Na cerimônia de abertura do 5º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos, em 25/11, no cinema Reserva Cultural, às 20h00, a atração é o longa-metragem “Alma Negra, do Quilombo ao Baile”, dirigido por Flavio Frederico. Um mergulho no universo afrobrasileiro por meio da música soul, o longa retrata o movimento de valorização da cultura negra e a luta política contra o racismo pelo olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 1970 e de hoje, como Beatriz Nascimento, Lélia González e Edneia Gonçalves.
Ainda inédito comercialmente, o filme resgata e celebra a importância dos bailes black como espaços de resistência, afirmação da identidade negra e valorização cultural, tendo sido selecionado para o Festival de Cinema de Havana e diversos eventos no Brasil. O diretor Flavio Frederico tem no currículo títulos como “Em Busca de Iara”, “Boca” e “Urbania”.
DEBATE
Em 27/11, quinta-feira, às 19h30, no Centro Cultural São Paulo, acontece o debate “Memória, Terra e Liberdade”, com participação do ambientalista, pesquisador e escritor martinicano Malcom Ferdinand e da escritora, ativista indígena guarani e psicóloga Geni Nunez.
Malcom Ferdinand é um engenheiro ambiental francês, doutor em ciência política pela Universidade Paris VII e pesquisador do Centre National de la Recherche scientifique que estuda a interação entre o colonialismo e as problemáticas ambientais a partir da realidade do Caribe. Por sua obra “Por Uma Ecologia Decolonial: pensar a partir do mundo caribenho” (Ubu, 2022), que discute a conexão entre o movimento ecológico e o racismo, recebeu o Prix du Livre de la Fondation de l’Écologie Politique. Graduado em engenharia ambiental pela University College London (UCL) e doutor em filosofia política e ciência política pela Université Paris Diderot (Paris 7).
Escritora e ativista guarani, Geni Núñez é psicóloga, mestre e doutora em psicologia social pela Universidade Federal de Santa Catarina. Seu livro “Descolonizando Afetos: Experimentações sobre Outras Formas de Amar” (Editora Planeta) foi um dos dez mais vendidos na edição de 2024 da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Em 2023, publicou o livro infantil “Jaxy Jaterê: O Saci é Guarani” (Harper Kids).
ESTREIA DO PRÊMIO MARIMBÁS
O DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos passa a homenagear grandes figuras públicas, relevantes para a cultura e para os direitos humanos no Brasil. O prêmio Marimbás teve o troféu criado pela cartunista Laerte, o troféu faz referência ao título do documentário “Marimbás”, único filme dirigido por Vladimir Herzog.
Em 2 de dezembro, terça-feira, às 20h00, no Espaço Petrobras de Cinema, recebem a premiação familiares do fotógrafo Sebastião Salgado (1944-2025), homenageado pelo evento em 2023, e a cantora, atriz e ativista Zezé Motta, premiada neste ano. Após a cerimônia, Zezé apresenta um pocket show.
Na programação do evento (em 27/11, às 17h00, no CCSP) está o longa “O Sal do Terra”, Juliano Salgado e Wim Wenders. Indicada ao Oscar, a obra refaz a trajetória de Sebastião Salgado, desde seus primeiros trabalhos em Serra Pelada, o registro da miséria na África e no Nordeste do Brasil até sua obra-prima, “Gênesis”. Na grade de filmes do festival está também o curta-metragem “Deixa”, de Mariana Jaspe, pelo qual Zezé Motta conquistou o prêmio de melhor atriz no Festincine de João Pessoa por sua atuação como uma mulher de 60 anos que vive a tensão de ter um marido preso enquanto se relaciona com um homem mais jovem (em 2/12, às 15h00, no CCSP).
Com o Prêmio Marimbás, o festival passa a reconhecer anualmente grandes vultos da arte e da cultura relacionados aos direitos humanos. Em 2024, o homenageado foi o escritor e xamã Davi Kopenawa.
SÁBADO NO GALPÃO DO MST: GASTRONOMIA, DEBATES E MUITA MÚSICA
Uma programação especial acontece no Galpão Cultural Elza Soares, localizado no bairro paulistano dos Campos Elíseos ao longo do sábado, 29/11.
A maratona se inicia ao meio-dia, quando é servido o almoço da Cozinha Escola Dona Ilda, um projeto social do MST. A partir das 14h00, no Palco Petrobras, é a vez do debate “Alimentação Digna como Direito”.
Às 15h30, a música toma conta do espaço com a festa Discopédia, dedicada 100% ao uso e a valorização do vinil, produzida por DJs DanDan, Marco & Nyack, referências da black music paulistana
Às 17h30, o DH Fest recebe Leci Brandão, ícone do samba e da luta pelos direitos humanos. Cantora, compositora e voz histórica da cultura popular brasileira, Leci apresenta um show que celebra memória, resistência e liberdade. Seu repertório percorre as lutas do povo negro, das mulheres e das comunidades que transformam dor em canto e esperança.
Mais que um show, é um ato de afeto, ancestralidade e compromisso com a democracia e a dignidade humana.
Ambas apresentações também acontecem no Palco Petrobras, especialmente montado no Galpão.
No local, haverá posto para recebimento de alimentos e roupas.
TEATRO

Festival em São Paulo reúne filmes, shows, peça teatral e debates. Divulgação.
O elogiado espetáculo “Cerrado!”, do Grupo Pano, indicado ao Prêmio Shell 2025 – Categoria Música, ganha apresentação especial na programação do 5º Dh Fest no dia 26/11, às 19h, no Espaço Ademar Guerra do Centro Cultural São Paulo.
Trata-se de uma tragicomédia que usa realismo fantástico e teatro do absurdo para discutir os efeitos do colonialismo e a falta de integração na América Latina. A trama se inicia quando uma mulher abre uma fresta em um mapa, evocando uma entidade capaz de entrelaçar histórias e revisitar a proibição da dança em uma cidade fictícia chamada San Pablo del Desierto.
A inspiração para a criação do espetáculo vem de uma legislação em San Pedro de Atacama, no Chile, que restringe o direito de dançar em estabelecimentos licenciados devido à burocracia excessiva e aos altos custos envolvidos na obtenção das permissões necessárias.
VLADIMIR HERZOG E O CINEMA
Na homenagem a Vladimir Herzog, o 5º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos programou quatro documentários. Com exibição em 30/11, às 15h00, na Cinemateca Brasileira, “A Vida de Vlado – 50 Anos do Caso Herzog”, de Simão Scholz, revê a história da família e da vida de Vladimir Herzog. Estão incluídos depoimentos dos filhos Ivo e André Herzog, dos jornalistas Paulo Markum, Dilea Frate, Sergio Gomes e Anthony de Cristo. O filme refaz também o doloroso caminho que Clarice Herzog, sua esposa, trilhou para tentar responsabilizar os culpados pela morte do marido. Narrado pelo jornalista Chico Pinheiro.
Um programa triplo ganha projeção em 29/11, às 15h00, também na Cinemateca Brasileira. Está presente o único filme dirigido por Vladimir Herzog, “Marimbás” (12 min), de 1963. Produzido no estilo do “cinéma vérité” (cinema verdade), a obra registra a presença dos marimbás, intermediários entre a pesca e as sobras do produto, em oposição aos pescadores e aos banhistas cariocas da praia de Copacabana. Já “Herzog: O Crime Que Abalou A Ditadura” (32 min), de Antonio Farinaci, focaliza o assassinato de Vladimir Herzog, especialmente o período entre a semana que antecede sua morte e a semana posterior. O filme conta com depoimentos dos jornalistas Dilea Frate, Paulo Markun, Rose Nogueira e Sérgio Gomes; do filho de Vlado, Ivo Herzog; e do diretor e produtor de cinema e televisão, roteirista e escritor brasileiro, João Batista de Andrade. Por sua vez, “Antonio e Vladimir” – teaser (4 min), de Maikon Nery, é uma edição especialmente produzida para o festival com cenas de um filme atualmente em produção, a ser lançado em 2026. Definido como um documentário de criação, o curta-metragem resgata a história interrompida de Vladimir Herzog e sua viagem a Canudos em 1975, revisitando seus caminhos, a figura de Antônio Conselheiro e os ecos da Guerra de Canudos.
FILMES E SÉRIE
A programação cinematográfica do 5º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos apresenta obras recentes de curta e longa-metragem e episódios de série. Estão presentes produções premiadas e inéditas comercialmente no Brasil assinadas por diretores como Aurélio Michiles, Caru Alves de Souza, Evaldo Mocarzel, Joel Zito Araújo e Tainá Müller, entre outros.
A história da criação da antologia nacional de autores negros que já publicou 45 números é contada em “Cadernos Negros”, novo filme do cineasta Joel Zito Araújo (“A Negação do Brasil”, “Filhas do Vento”, “Meu Amigo Fela”). Vencedor do prêmio do público para melhor documentário brasileiro na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o longa focaliza os Cadernos Negros, publicação anual dedicada à poesia e prosa negras dentro do Movimento Unificado Negro, promovendo um debatendo sobre o lugar representativo do negro na literatura brasileira e os diferentes apagamentos sofridos ao longo do tempo nas artes literárias.
Já em “Honestino”, premiado no Festival do Rio, o diretor Aurélio Michiles promove a fusão entre documentário e ficção para contar a história de Honestino Guimarães (1947-1973), líder estudantil e uma das centenas de desaparecidos da ditadura militar. Um dos destaques do filme é a atuação inspirada do ator Bruno Gagliasso, que recria, a personalidade cativante de Honestino, da qual dão notícia entrevistas, entre outras, de sua mãe, seu irmão, suas duas mulheres, companheiras e companheiros de militância.
“Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil”, de Evaldo Mocarzel, focaliza a trajetória de Sergio Mamberti (1939-2021), descortinando um panorama de mais de 60 anos de cultura brasileira. O longa celebra a vida e a carreira do ator através de suas próprias lembranças, entrevistas e imagens de arquivo. Mamberti foi também diretor e político, estando incluída sua participação na fundação do PT e atuação em governos anteriores no documentário, vencedor, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, do Prêmio Marco Antônio Guimarães para filme que melhor utiliza material de memória, pesquisa e arquivos do cinema brasileiro,
Primeiro trabalho na direção da atriz Tainá Müller e da artista musical e mulher trans Isis Broken, o longa “Apolo” é atração da sessão especial do DH Fest e o projeto Clube do Professor, iniciativa do Espaço Petrobras de Cinema voltado a professores e educadores. Premiado nas categorias de melhor longa-metragem documentário e melhor trilha sonora original no Festival do Rio, a obra acompanha um casal transgênero em sua jornada pelo Brasil em busca de algo incomum: um pré-natal respeitoso e especializado. A exibição acontece em 29/11, às 11h00.
A ser lançado nos cinemas em 2026, a produção EUA/México dirigida por Bill Condon “O Beijo da Mulher-Aranha” é a nova versão do livro de Manuel Puig que já rendeu um longa dirigido por Hector Babenco e estrelado por William Hurt e Sonia Braga. Agora protagonizado por Diego Luna, Tonatiuh e Jennifer Lopez, este musical dramático passado durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983) focaliza dois prisioneiros, que dividem a mesma sala, um revolucionário marxista e um vitrinista gay.
Na produção de Santa Catarina “Não Dá Para Esquecer”, de Fabi Penna e César Cavalcanti, pensadores e lideranças dos movimentos sociais dialogam sobre o apagamento sistemático da memória coletiva, em meio ao surgimento de grupos extremistas clamando pela volta da ditadura. Participam do filme, entre outros, Ailton Krenak, Marcelo Pomar e Zuenir Ventura, entre outros.
Vencedor de menção honrosa do Prêmio Felix no Festival do Rio, “Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor”, de Luis Carlos de Alencar, conta histórias de perseguição contra a comunidade LGBTQIA+ – considerada inimiga da moral e dos bons costumes – na ditadura militar (1964-1985) e sua resistência até a redemocratização. O documentário revela que, apesar da repressão, essa população organizou formas de resistência, enfrentando o preconceito com coragem e mobilização.
Produção ainda inédita na TV, “De Menor – A Série” é o mais recente trabalho da diretora Caru Alves de Souza (“Meu Nome é Bagdá”), tendo merecido première mundial no Festival de Berlim e exibições no Global Science Film Festival (Suíça) e no Festival do Rio. Obra ficcional de linguagem não naturalista em que cada episódio retrata audiências de jovens em conflito com a lei em estilos variados, a produção está sendo considerada pela crítica como uma das mais originais séries produzidas no Brasil. No DH Fest, são exibidos dois episódios: 4, com uma jovem, acusada de invadir a casa de um médico, usa um podcast para revelar a verdade, e 5, no qual uma audiência revela traumas, segredos e um sistema de justiça perdido diante de uma geração que vive entre o real e o virtual.
A seleção de curtas-metragens do 5º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos reúne produções de diferentes regiões do Brasil cujas temáticas abordam questões relacionadas às comunidades indígenas, população LGBTQIA+, discussões socioambientais, violência, PcD, tentativa de golpe de estado e sistema prisional.
A sessão de 29/11, sábado, às 19h00, na Cinemateca Brasileira, exibe cinco títulos. “Alice”, do cineasta Gabriel Novis, que conquistou o prêmio na categoria documentário internacional em curta-metragem no importante festival Hot Docs, no Canadá, focaliza uma multiartista trans alagoana e sua jornada de retorno ao surfe como forma de lidar com o luto pela morte do pai. Em “Nosso Modo de Lutar”, as diretoras Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó oferecem um olhar único sobre a resistência indígena contemporânea e registram no cotidiano do 20° Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do país. A premiada produção alagoana “Cavaram uma Cova no Meu Coração”, de Ulisses Arthur, é uma mistura de documentário, metacinema e ficção sobre bairros inteiros de Maceió que estão afundando após uma mineradora perfurar a terra para extrair sal-gema. Filmado na cidade de Assis (SP) e vencedor do Prêmio Canal Brasil na Mostra de Cinema de Tiradentes, “Marmita”, de Guilherme Peraro, acompanha um pedreiro que aprende a ler e enfrenta o dilema de ter sua marmita roubada todos os dias por crianças que sofrem com a fome. Um alerta sobre as consequências do armamento da população, “Presépio”, de Felipe Bibian, conta a história de uma família carioca reunida na noite de Natal e foi vencedor do prêmio Perspectiva Queer no Festival de Biarritz (França).
Outros cinco curtas-metragens estão no programa agendado para o Centro Cultural São Paulo em 2/12, às 15h00. Produção da cidade de Campinas (SP) inspirada em cordel, “A Lenda dos Cavaleiros da Água”, de Helen Quintans, tem por protagonistas mãe e filha vivendo em um sítio isolado e assolado pela seca que têm suas vidas transformadas com a chegada de três misteriosos cavaleiros caçadores de nuvens. Uma reflexão a sobre a percepção do som, o pernambucano “O Som da Pele”, de Marcos Santos, conquistou premiações em festivais ao registrar o projeto Batuqueiros do Silêncio, um grupo de percussão formado por surdos. A ficção “Deixa”, exibido em homenagem à atriz Zezé Motta, que recebe no 5º DH Fest o Troféu Marimbás, também faz parte do programa. Por sua vez, “Americana”, de Agarb Rocha, aborda temas como amizade, identidade e traição através da história de cinco amigas que são detidas após uma briga, se destacando por ser filmado inteiramente em Belém e ter um elenco majoritariamente trans. Fechando a sessão, a comédia romântica paranaense “Meu Pedaço de Mandioca”, de Raíssa Castor, fala sobre despir-se de expectativas e encontrar seu próprio lugar, mesmo que isso comece com um delírio gastro-existencial.
Já “Domingo no Golpe”, de Giselle Beiguelman e Lucas Bambozzi, é exibido na sessão do longa-metragem “Não Dá Para Esquecer”, em 30/11, às 19h00, na Cinemateca Brasileira. O curta foi inteiramente produzido com imagens captadas em 8 de janeiro de 2023 pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto, em Brasília. De proposta ensaística e sofisticada, a obra é conduzida por narração criada a partir de trechos do relatório final da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro, também conhecida como CPMI dos Atos Antidemocráticos e CPMI do Golpe. A produção recebeu menção honrosa na Mostra Ecofalante de Cinema.
Durante o período do evento, oito desses curtas-metragens ficam disponível gratuitamente pela plataforma CultSP Play: “A Lenda dos Cavaleiros da Água”, “Alice”, “Americana”, “Cavaram uma Cova no Meu Coração”, “Marmita”, “Meu Pedaço de Mandioca”, “Nosso Modo de Lutar” e “O Som da Pele”.
PROGRAMAÇÃO
25/11, terça-feira
Reserva Cultural / sala 3
19h00 coquetel seguido de cerimônia de abertura + exibição de “Alma Negra, do Quilombo ao Baile” (107 min) – dir: Flavio Frederico
26/11, quarta-feira
Centro Cultural São Paulo / Espaço Ademar Guerra
19h – espetáculo “Cerrado!”, do Grupo Pano
27/11, quinta-feira
Centro Cultural São Paulo / Sala Lima Barreto
17h00 exibição de “O Sal da Terra” (110 min) – dir: Wim Wenders e Juliano Salgado
19h30 debate “Memória, Terra e Liberdade”, com Malcom Ferdinand e Geni Nunez
28/11, sexta-feira
Centro Cultural São Paulo / Sala Lima Barreto
18h30 exibição de “Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor” (104 min) – dir: Luis Carlos de Alencar
20h30 exibição de “Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil” (90 min) – dir: Evaldo Mocarzel
29/11, sábado
-Espaço Petrobras de Cinema – sessão especial Clube do Professor + DH Fest
11h00 exibição de “Apolo” (82 min) – dir: Tainá Müller e Isis Broken
-Galpão Cultural Elza Soares / Palco Petrobras
12h00 almoço com alimentos da Reforma Agrária Popular
14h00 encontro “Alimentação Digna como Direito”
15h30 apresentação musical Discopédia
17h30 apresentação musical Leci Brandão
-Cinemateca Brasileira / Sala Oscarito
15h00 exibição de “Marimbás” (12 min) – dir: Vladimir Herzog + “Antonio e Vladimir” – teaser (4 min) – dir: Maikon Nery + “Herzog: O Crime Que Abalou a Ditadura” (32 min) – dir: Antonio Farinaci
17h00 exibição de “Honestino” (85 min) – dir: Aurélio Michiles
19h00 exibição de “Alice” (17 min) – dir: Gabriel Novis + “Nosso Modo de Lutar” (15 min) – dir: Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó + “Cavaram uma Cova no Meu Coração” (24 min) – dir: Ulisses Arthur + “Marmita” (21 min) – dir: Guilherme Peraro + “Presépio” (18 min) – dir: Felipe Bibian.
30/11, domingo
Cinemateca Brasileira / Sala Oscarito
15h00 exibição de “A Vida de Vlado – 50 Anos do Caso Herzog” (113 min) – dir: Simão Scholz
17h00 exibição de “De Menor – A Série” (69 min) – dir: Caru Alves de Souza
19h00 exibição de “Domingo no Golpe” (23 min) – dir: Giselle Beiguelman e Lucas Bambozzi + “Não Dá Para Esquecer” (77 min) – dir: Fabi Penna e César Cavalcanti
1º/12, segunda-feira
Espaço Petrobras de Cinema / sala 4
20h00 exibição de “O Beijo da Mulher-Aranha” (129 min) – dir:Bill Condon
2/12, terça-feira
-Centro Cultural São Paulo / Sala Lima Barreto
15h00 exibição de “A Lenda dos Cavaleiros da Água” (23 min) – dir: Helen Quintans + “O Som da Pele” (22 min) – dir: Marcos Santos + “Deixa” (15 min) – dir: Mariana Jaspe + “Americana” (19 min) – dir: Agarb Rocha + “Meu Pedaço de Mandioca” (14 min) – dir: Raíssa Castor
17h00 exibição de “Cadernos Negros” (73 min) – dir: Joel Zito Araújo
-Espaço Petrobras de Cinema/ sala 3
19h00 coquetel seguido de cerimônia de encerramento e entrega do Troféu Marimbás
25/11 a 2/12
CultSP Play – https://cultspplay.com.br/
“A Lenda dos Cavaleiros da Água” (23 min) – dir: Helen Quintans
“Alice” (17 min) – dir: Gabriel Novis
“Americana” (19 min) – dir: Agarb Rocha
“Cavaram uma Cova no Meu Coração” (24 min) – dir: Ulisses Arthur
“Marmita” (21 min) – dir: Guilherme Peraro
“Meu Pedaço de Mandioca” (14 min) – dir: Raíssa Castor
“Nosso Modo de Lutar” (15 min) – dir: Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó
“O Som da Pele” (22 min) – dir: Marcos Santos
SERVIÇO
5º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos
https://www.dhfest.art.br/
https://www.instagram.com/dh.fest/
de 25 de novembro a 2 de dezembro de 2025
Acesso gratuito
Locais:
-Centro Cultural São Paulo – rua Vergueiro 1000, Paraíso – São Paulo
-Cinemateca Brasileira – largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Mariana – São Paulo
-Galpão Cultural Elza Soares / Armazém do Campo do MST – alameda Eduardo Prado 474, Campos Elíseos – São Paulo
-Espaço Petrobras de Cinema – rua Augusta 1475, Consolação – São Paulo
-Reserva Cultural – avenida Paulista 900, Bela Vista – São Paulo
e
plataforma CultSP Play – https://cultspplay.com.br
Realização:
Instituto Vladimir Herzog
Criatura Audiovisual
Patrocínio:
Petrobras, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet
CAIXA
DADOS SOBRE OS DEBATEDORES
Encontro “Memória, Terra e Liberdade”
Geni Núñez é ativista indígena guarani, escritora e psicóloga. Tem pós-doutorado no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). É doutora no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (PPGICH/UFSC). É membro da Comissão de Direitos Humanos (CDH), do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e da Articulação Brasileira de Indígenas Psicólogos/as (Abipsi). É co-assistente da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY). Autora dos livros Descolonizando Afetos (2023), Jaxy Jaterê (2023) e Felizes por enquanto (2024).
Malcom Ferdinand nasceu na Martinica em 1985. É graduado em engenharia ambiental pela University College London (UCL) e doutor em filosofia política e ciência política pela Université Paris Diderot (Paris 7). Pela obra “Uma ecologia decolonial – Pensar a partir do mundo caribenho”, recebeu o Prix du Livre de la Fondation de l’Écologie Politique em 2019. Atualmente, é pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e atua no Institut de Recherche Interdisciplinaire en Sciences Sociales (Irisso) da Université Paris Dauphine-PSL (Paris 9).
Encontro “Terra e luta: sementes para uma alimentação digna”
Jerá Guarani é pedagoga. Foi professora e diretora da Escola Estadual Indígena Gwyra Pepó. É agricultora e liderança Guarani Mbya da Terra Indígena Tenondé Porã, no extremo sul de São Paulo, onde também realiza projetos culturais e documentários. Integrou a curadoria da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.
Ana Chã é integrante do Coletivo de Cultura do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e autora do livro “Agronegócio e Indústria Cultural”. É mestre em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).
DADOS SOBRE OS FILMES
MÉDIAS E LONGAS-METRAGENS
“A Vida de Vlado – 50 Anos do Caso Herzog” (Brasil-SP, 2025, 113 min) – Simão Scholz
Para marcar os 50 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado dentro das dependências do DOI-CODI, o documentário acompanha a história de sua família e sua vida — até sua morte em 25 de outubro de 1975. O seu assassinato mudou a história da luta pela redemocratização do país nos anos 1970. Com depoimentos dos filhos Ivo e André Herzog, assim como de colegas de profissão e ex-presos políticos, como os jornalistas Paulo Markum, Dilea Frate, Sergio Gomes e Anthony de Cristo, além do médico Ubiratan de Paula Santos, ex-líder estudantil.
“Alma Negra, do Quilombo ao Baile” (Brasil-SP, 2024, 107 min) – Flavio Frederico
Um mergulho no universo afrobrasileiro por meio da música soul, retratando desde o surgimento do gênero, a chegada no Brasil no final dos anos 1960, o sucesso na indústria fonográfica até o ápice com os famosos bailes blacks no Rio de Janeiro e em São Paulo. O documentário retrata, além dos aspectos musicais, o movimento de valorização da cultura negra e a luta política contra o racismo na época. Pelo olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 1970 e de hoje, como Beatriz Nascimento, Lélia González e Edneia Gonçalves, a obra busca nos quilombos e nos bailes de soul, retratar a alma da negritude
“Apolo” (Brasil-SP, 2025, 82 min) – Tainá Müller e Isis Broken
Após conceber naturalmente um filho durante a pandemia de Covid-19, o casal transgênero Isis e Lourenzo inicia uma jornada pelo Brasil em busca de algo incomum: um pré-natal respeitoso e especializado. Ao mesmo tempo, seguem na luta diária, dentro e fora de casa, pelos direitos de sua família no país que mais mata pessoas trans no mundo.
“Cadernos Negros” (Brasil-RJ, 2025, 73 min) – Joel Zito Araújo
A história da série literária homônima, fundada na década de 1970 em São Paulo, por um grupo de intelectuais negros e negras que buscavam criar um espaço de publicação de literatura de vozes negras. Nasce, então, uma publicação anual dedicada à poesia e prosa negras dentro do Movimento Unificado Negro. Em 2024, o Quilombhoje, organização responsável pela iniciativa, lançou o número 45 dos Cadernos Negros, debatendo o lugar representativo do negro na literatura brasileira e os diferentes apagamentos sofridos ao longo do tempo nas artes literárias.
“Herzog: O Crime Que Abalou A Ditadura” (Brasil-SP, 2025, 32 min) – Antonio Farinaci
Documentário sobre a trajetória do jornalista, professor e cineasta Vladimir Herzog, torturado e assassinado em 1975 por agentes da ditadura militar (1964-1985). O filme traz depoimentos de amigos, colegas de redação e pessoas da família, como o filho Ivo Herzog, o cineasta e escritor João Batista de Andrade e os jornalistas Dilea Frate, Paulo Markun, Rose Nogueira e Sérgio Gomes. Produzido pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), com apoio do Instituto Vladimir Herzog.
“Honestino” (Brasil-SP, 2025, 85 min) – Aurélio Michiles
Fusão entre documentário e ficção, o filme conta a história de Honestino Guimarães (1947-1973), líder estudantil da geração 68, presidente da UNE e aluno da UnB. Preso cinco vezes por sua militância, Honestino foi sequestrado em 1973, aos 26 anos, e é uma das centenas de desaparecidos da ditadura militar. A partir de arquivos e escritos inéditos, depoimentos de familiares e amigos, e cenas interpretadas por Bruno Gagliasso, o filme reflete sobre sua luta, legado e o Brasil que ele sonhou transformar.
“Não Dá Para Esquecer” (Brasil-SC, 2025, 77 min) – Fabi Penna e César Cavalcanti
Pensadores e lideranças dos movimentos sociais dialogam sobre o apagamento sistemático da memória coletiva, em meio ao surgimento de grupos extremistas clamando pela volta da ditadura, propagando slogans totalitários. Familiares procuram informações e reparações sobre os mortos e desparecidos no regime ditatorial. Com participação de Ailton Krenak, Marcelo Pomar e Zuenir Ventura, entre outros.
“Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor” (Brasil-RJ, 2022, 104 min) – Luis Carlos de Alencar
O documentário aborda a violência e perseguição contra a comunidade LGBTQIA+ na ditadura militar (1964-1985) e como esse grupo construiu sua resistência, tornando-se sujeito importante para o retorno da democracia.
“O Beijo da Mulher-Aranha” (“Kiss of the Spider Woman”, EUA/México, 2025, 129 min) – Bill Condon
Argentina, 1983. Enquanto a ditadura militar trava uma campanha brutal contra seus inimigos políticos, dois prisioneiros são forçados a dividir uma cela em Buenos Aires. Valentín, um revolucionário marxista, se agarra aos seus ideais apesar da tortura e das privações. Molina, um vitrinista gay que cumpre pena por sua sexualidade, sobrevive aos horrores do local criando um refúgio nos filmes em sua imaginação. A princípio, seus mundos não poderiam ser mais distintos. Mas, conforme os dias se transformam em semanas, Molina começa a contar com carinho sobre seu filme favorito, um deslumbrante melodrama em Technicolor.
“O Sal do Terra” (“The Salt of The Earth”, França/Itália/Brasil, 2014, 110 min) – Wim Wenders e Juliano Salgado
A trajetória do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado (1944-2025), desde seus primeiros trabalhos em Serra Pelada, o registro da miséria na África e no Nordeste do Brasil até sua obra-prima, “Gênesis”.
“Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil” (Brasil-SP, 2025, 90 min) – Evaldo Mocarzel
As lembranças do ator Sergio Mamberti (1939-2021), descortinando um panorama de mais de 60 anos de cultura brasileira por meio da trajetória deste grande ator, que também atuou como diretor e participou ativamente da política do nosso país.
SÉRIE
“De Menor – A Série” (episódios 4 e 5) (Brasil-SP, 2025, 69 min) – Caru Alves de Souza
Série ficcional de linguagem não naturalista em que cada episódio retrata audiências de jovens em conflito com a lei em estilos variados. No episódio 4, uma jovem, acusada de invadir a casa de um médico, usa um podcast para revelar a verdade e expor os verdadeiros culpados, desafiando o sistema com suas palavras. No episódio 5, após uma facada entre colegas, uma audiência revela traumas, segredos e um sistema de justiça perdido diante de uma geração que vive entre o real e o virtual.
CURTAS-METRAGENS
“A Lenda dos Cavaleiros da Água” (Brasil-SP, 2024, 23 min) – Helen Quintans
Violeta e sua filha Margarida vivem isoladas em um sítio assolado pela seca e têm suas vidas transformadas com a chegada de três misteriosos cavaleiros caçadores de nuvens. Com Reynaldo Soares, Pétala Luana e Violeta Nagai.
“Alice” (Brasil-SP, 2025, 17 min) – Gabriel Novis
A história de Alice, multiartista trans alagoana e amiga de infância de Gabriel Novis, e sua jornada de retorno ao surfe como forma de lidar com o luto pela morte do pai. A narrativa, contada sob a perspectiva da própria protagonista, revela suas vivências em locais marcantes da juventude em Alagoas, enquanto questiona a elitização, a misoginia e a transfobia presentes na comunidade surfista.
“Americana” (Brasil-PA, 2025, 19 min) – Agarb Rocha
O cotidiano, as conquistas e os desafios de um grupo de mulheres trans que vivem na Marambaia, uma periferia de Belém do Pará. A narrativa mescla comédia e crítica social, explorando temas como amizade, traição e identidade, e conta com um elenco majoritariamente trans.
“Antonio e Vladimir” – teaser (Brasil-PR, 2025, 4 min) – Maikon Nery
Teaser do filme em produção a ser lançado em 2026. Um documentário de criação que resgata a história interrompida de Vladimir Herzog e sua viagem a Canudos em 1975, revisitando seus caminhos, a figura de Antônio Conselheiro e os ecos da Guerra de Canudos. Com filmagens em locais históricos e depoimentos e arquivos, a obra propõe uma reflexão sensível sobre os vínculos entre passado e presente do Brasil. Produzido com apoio do Instituto Vladimir Herzog.
“Cavaram uma Cova no Meu Coração” (Brasil-AL, 2024, 24 min) – Ulisses Arthur
Enquanto uma mineradora perfura a terra para extrair sal-gema, uma gangue de adolescentes planeja quebrar a máquina responsável pelos tremores e afundamento do solo.
“Deixa” (Brasil-RJ, 2023, 15 min) – Mariana Jaspe
Carmen é uma mulher que vive seu último dia de liberdade antes que seu marido saia da prisão. Com Zezé Motta.
“Domingo no Golpe” (Brasil-SP, 2024, 23 min) – Giselle Beiguelman e Lucas Bambozzi
Documentário “ready media” sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 produzido com as imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto. A narração foi criada a partir de trechos do relatório final da CPMI dos Atos de 8 de janeiro de 2023, lido pela relatora, a senadora Eliziane Gama. O filme aborda um 8 de janeiro que não começou em 2023, e que, todavia, ainda não terminou.
“Marimbás” (Brasil-RJ, 1963, 12 min) – Vladimir Herzog
Produzido no estilo do “cinéma vérité” (cinema verdade), o filme mostra a presença dos marimbás, intermediários entre a pesca e as sobras do produto, em oposição aos pescadores e aos banhistas cariocas do Posto 6, na praia de Copacabana. Único filme do jornalista Vladimir Herzog (1937-1975).
“Marmita” (Brasil-SP-PR, 2025, 21 min) – Guilherme Peraro
Dois operários da construção civil, Lourenço e Cícero, se veem em dificuldades com Manchinha, uma criança que trabalha para o tráfico de drogas local, que rouba suas marmitas para comer.
“Meu Pedaço de Mandioca” (Brasil-PR, 2025, 14 min) – Raíssa Castor
Rita se encontra em um ambiente monótono com o qual não se identifica. Em um bar, comendo uma porção de mandioca, entende seu lugar no mundo e se liberta.
“Nosso Modo de Lutar” (Brasil-DF, 2024, 15 min) – Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó
A maior mobilização indígena do país é também lugar de encontro entre os multidiversos saberes e fazeres dos povos indígenas no Brasil. Pelo olhar de três cineastas mulheres indígenas, o público é convidado a conhecer o cotidiano do 20° Acampamento Terra Livre (ATL) e a descobrir como os diferentes modos indígenas de existir se expressam também como modos singulares de lutar.
“O Som da Pele” (Brasil-PE, 2024, 22 min) – Marcos Santos
Irton Mário da Silva, mais conhecido como mestre Batman, fala de seu projeto Batuqueiros do Silêncio, um grupo de percussão formado por surdos.
“Presépio” (Brasil-RJ, 2025, 18 min) – Felipe Bibian
Na noite de Natal, Dejair tenta convencer sua família do absurdo que é dar uma arma para uma criança.
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