O que seria do É Tudo Verdade sem o Itaú Cultural e o Sesc? No último momento, a Petrobrás, tradicional parceira do Festival Internacional de Documentários, caiu fora. Na coletiva de lançamento da 23ª edição, realizada ontem, no Itaú Cultural da Paulista, o criador e diretor-geral Amir Labaki anunciou que conseguiu captar apenas dois terços do orçamento de R$ 6 milhões. “Será um festival um pouco mais enxuto, mas não menos vigoroso”, anunciou.

A edição deste ano ocorre de 12 a 22 de abril. Terá, na abertura, dois filmes de personagens – Adoniran, Meu Nome É João Rubinato, de Pedro Serrano, vai inaugurar a etapa paulista, e Carvana, de Lulu Corrêa, a carioca. Adoniran Barbosa, como homem e artista, tem a cara de São Paulo. Ninguém representou melhor o malandro carioca que o ator e diretor Hugo Carvana. “É uma felicidade termos esses documentários que são belíssimas homenagens”, diz Amir.

Ele destacou que a safra de documentários brasileiros está excepcional. “As competições (brasileiras) de longas e curtas estão entre as mais fortes da década e os cineastas brasileiros terão participação recorde nas disputa de longas internacionais, com três representantes.”

Reafirmando seu compromisso com a representatividade feminina, o festival homenageia a documentarista norte-americana Pamela Yates, reconhecida e apreciada por seu comprometimento com a luta por direitos humanos na América Latina. E deve repercutir muito a participação de Maria Augusta Ramos na competição brasileira, com seu documentário sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, O Processo.


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