O 50º Festival de Inverno de Campos do Jordão, realizado durante o mês de julho, não foi apenas o maior evento cultural dedicado à música erudita da história de São Paulo. Foi também o que mais deu retorno financeiro ao maior centro turístico de inverno do estado. A cidade de Campos do Jordão faturou R$ 131 milhões com o festival.

Além disso, foram criados 1.844 novos postos de trabalho nos centros culturais e turísticos do município, mas os cofres do estado também ganharam com o evento: houve o recolhimento de R$ 17,4 milhões em impostos estaduais.

Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira 31, em São Paulo, com base em levantamentos apurados pelo Estudo de Impacto Econômico desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas, sob coordenação do economista Gustavo Barbosa.

Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, que analisou os dados da FGV, o festival recebeu investimentos da ordem de R$ 7,84 milhões, mas todos os recursos foram alocados pela iniciativa privada, por meio de patrocínios. “Não houve um centavo em recursos públicos”, disse Sá Leitão.

Para cada real investido, o festival gerou R$ 16,7 para a economia local. Sá Leitão disse que o festival foi o maior da história, com a presença de 151 mil espectadores em 133 apresentações musicais, executadas por 71 orquestras, corais, grupos de câmara e bandas sinfônicas. “O resultado nos surpreendeu”, disse Sá Leitão.

A região também teve impacto positivo no turismo local, de acordo com o secretário do Turismo do Estado de São Paulo, Vinicius Lummertz. Durante o festival, Campos do Jordão recebeu a visita de 675 mil turistas, que lotaram hotéis locais. “Os hotéis, bares e restaurantes ficaram lotados durante todo o festival. A cidade recebeu um público recorde e o retorno econômico e turístico foi excelente”, disse Lummertz.