Festival de Cinema Italiano revela filmes mais vistos até agora

SÃO PAULO, 26 NOV (ANSA) – Faltando apenas quatro dias para o encerramento, a 20ª edição do Festival de Cinema Italiano no Brasil divulgou nesta quarta-feira (26) as cinco produções mais assistidas até o momento ? obras que se destacam pela força de suas narrativas e pela capacidade de dialogar com públicos de todas as gerações.   

Entre os destaques estão Diamanti (Diamantes), de Ferzan Özpetek; L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò; Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato; Le Assaggiatrici (As Provadoras de Hitler), de Silvio Soldini; e Napoli-New York (De Nápoles a New York), de Gabriele Salvatores.   

Nesta 20ª edição, o festival celebra os grandes mestres do cinema italiano, artistas que apresentaram sua visão de mundo e continuam a inspirar novas gerações, do período pós-guerra à era digital.   

Ao todo, o evento oferece gratuitamente ao público 24 longas-metragens, entre títulos inéditos e clássicos, disponíveis tanto em sessões presenciais em mais de 90 cidades brasileiras quanto na plataforma oficial de streaming.   

A mostra se encerra em 29 de novembro, quando será anunciada a obra inédita mais vista online durante todo o festival. O filme vencedor receberá o Prêmio Pirelli de Cinema Italiano, reforçando a força da audiência digital e o papel da tecnologia em aproximar a sétima arte do público contemporâneo.   

Confira os 5 filmes mais vistos pelo público até agora: Diamanti (Diamantes), de Ferzan Özpetek (2024) – Ambientado entre os anos 1970 e o presente, Diamantes celebra as relações femininas que mantêm vivo um ateliê de figurinos em Roma. Entre ambições, memórias familiares e o peso das mudanças, as irmãs Alberta e Gabriella mostram como o passado se costura ao presente. É um filme sobre legado, identidade e a força das famílias formadas dentro e fora do laço sanguíneo.   

L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò (2025) – O longa é ambientado em 1860, durante a célebre empreitada dos Spedizione dei Mille liderada por Giuseppe Garibaldi e retrata o momento em que Garibaldi parte rumo à Sicília, acompanhado por jovens idealistas vindos de diversas regiões do país. O diretor utiliza esse episódio do Risorgimento para explorar tanto o lado épico da unificação da Itália quanto as contradições individuais e sociais que permeiam a história e reflete sobre identidade, unificação e os mitos nacionais.   

Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato (2025) – O filme retrata o confronto entre tradição e modernidade através da convivência entre Nico, um menino inquieto, e sua tia profundamente religiosa na Sicília. Entre crenças, superstições e descobertas, a história mostra como relações familiares podem tanto proteger quanto desafiar ? e como o verão pode transformar para sempre a infância.   

Le Assaggiatrici (As Provadoras de Hitler), de Silvio Soldini (2025) -Inspirado no romance homônimo de Rosella Postorino, o filme narra a história de um grupo de mulheres forçadas a provar a comida de Hitler para garantir que não estivesse envenenada.   

No centro, a jovem Rosa encontra-se dividida entre o medo, a sobrevivência e uma inesperada amizade entre as provadoras. Uma história sobre resistência, silêncio e solidariedade feminina em tempos sombrios. O filme obteve 3 indicações e ganhou um prêmio do Nastri d’Argento. Lançado na Itália em março, a obra já atraiu quase meio milhão de espectadores.   

Napoli-New York (De Nápoles a New York), de Gabriele Salvatores (2024) – Inspirado em uma ideia de Fellini, o filme narra a jornada de dois jovens que cruzam o oceano clandestinamente após a guerra. Mais do que uma aventura de sobrevivência, a história é sobre a força dos laços que escolhemos preservar e sobre como a busca por um reencontro pode redefinir o significado de família em um novo mundo. (ANSA).