O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, 31, que os fertilizantes essenciais para as lavouras brasileiras “estão garantidos para a próxima safra e até o ano que vem” graças à atuação do governo brasileiro junto à Rússia. A oferta do insumo pelos russos ficou apertada desde o início da guerra com a Ucrânia. Em discurso na Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães (BA), Bolsonaro voltou a dizer que a inflação dos alimentos e dos combustíveis é consequência da guerra e não um fenômeno exclusivo do Brasil.

“Vocês sabem dos momentos difíceis que o Brasil ainda atravessa, mas vamos atravessando esses mares, vamos atingir esse objetivo. Afinal de contas, estamos voltando à normalidade”, declarou o chefe do Executivo. “A gente conta com a população, com sua resiliência e fé para vencer esse obstáculo”, acrescentou, após entregar novos títulos de propriedade rural.

De acordo com Bolsonaro, a concessão dos títulos faz com que os trabalhadores do campo “deixem de ser escravizados pelo MST”. “Passam a ser mais do que amigos dos fazendeiros, passam a ser homens que produzem para alimentar.”

Ele ainda voltou a citar elementos conservadores que serão utilizados nesta campanha eleitoral, como críticas ao aborto e à “ideologia de gênero” e defesa da propriedade privada e do armamento da população.

Luís Eduardo Magalhães é o município baiano que mais entregou votos a Bolsonaro nas eleições de 2018: de acordo com dados do TSE, 58,80% dos eleitores locais escolheram o presidente no segundo turno.

Pré-candidato ao governo da Bahia, o deputado federal João Roma (PL) discursou em defesa do Auxílio Brasil, marca de sua gestão à frente do Ministério da Cidadania.

Ele também fez críticas ao governador Rui Costa, do PT. “Ele dá com uma mão e tira com a outra. Diz que dá ajuda a quem produz e cobra imposto de fertilizantes”, afirmou ao público do mundo agro.

(*) a jornalista viaja a convite da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba)