Os ferroviários de São Paulo irão se reunir em uma assembleia geral às 20h desta terça-feira, 25, no Brás, no Centro da capital paulista, para definir sobre os rumos da greve na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), marcada para começar a partir da quarta-feira, 26, em um protesto contra a concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. O leilão das vias foi marcado pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para esta sexta-feira, 28.
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Segundo o Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, a privatização das linhas traria tarifas mais caras, pior qualidade de serviço e a precarização de direitos da categoria. “Teremos uma greve para fortalecer nossa resistência e pressionar o governo a recuar dessa proposta de privatização”, pontuou a organização.
No anúncio da greve, o sindicato apontou que a concessão marcada para esta sexta-feira seria como “transformar tudo em linhas 8 e 9”, fazendo referência a vias cuja operação é privatizada e reconhecida por falhas frequentes.
As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda são operadas pela ViaMobilidade desde janeiro de 2022. Ao longo dos últimos anos, ambas registraram inúmeras falhas e o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) chegou a recomendar que o contrato com a empresa fosse rompido. Em agosto de 2023, a concessionária assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com se comprometendo a implementar melhorias.
A paralisação está marcada para afetar as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. As três vias que serão leiloadas atendem regiões onde vivem mais de 4,6 milhões de pessoas e a previsão é de que juntas atendam 1,3 milhão de passageiros diariamente até 2040.
De acordo com o governo de São Paulo, o projeto de privatização das três linhas prevê um investimento de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos da concessão, o que garantiria “melhorias significativas para os passageiros e ampliação dos serviços prestados” com a construção de novas estações.
*Com informações do Estadão