A crise do novo coronavírus e suas consequências, incluindo o adiamento da alteração do regulamento técnico da Fórmula 1 para 2022, fez a Ferrari decidir ficar sem Sebastian Vettel até 2021, explicou Mattia Binotto nesta sexta-feira.

“Sempre dissemos durante o inverno, em privado e em público, que ele era nossa primeira escolha, o que eu confirmo”, disse Binotto em uma entrevista coletiva virtual, no âmbito do primeiro Grande Prêmio da temporada na Áustria, que ocorre neste fim de semana.

“O que aconteceu desde então? O coronavírus e a pandemia, que mudaram o mundo inteiro, não apenas o automobilismo e a Fórmula 1”, acrescentou.

Para preservar financeiramente as equipes, seu teto de gastos em vigor a partir do próximo ano foi reduzido e a mudança de regulamentação prevista para 2021 foi adiada para 2022. O desenvolvimento dos carros também foi ‘congelado’ até 2021.

“Além disso, a temporada ainda não havia começado, então Seb não teve a chance de nos mostrar o quão motivado estava para pilotar pela Ferrari”, continuou Binotto.

“Então a Ferrari acabou reconsiderando sua posição. Tomamos uma decisão. Nossa decisão é nossa responsabilidade e a anunciamos”, confirmando as declarações do piloto alemão, que na quinta-feira disse que foi a escuderia italiana quem decidiu pela ruptura.

A princípio, a versão oficial era de que a decisão havia sido tomada em comum acordo.

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